sábado, 20 de agosto de 2011

Mediunidade: Introdução


Mediunidade é um termo criado com o advento da Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec. Este termo nasceu do latim medium, que significa mediador. Termo bastante oportuno para classificar a mediação do mundo invisível, ou plano espiritual, com o mundo visível, ou plano material.

A mediunidade está presente em toda a História da humanidade, e não foi criada ou descoberta apenas com o Espiritismo. Ela está presente nos diversos livros de domínio público, especialmente na Bíblia, onde diversas passagens denotam o intercâmbio entre o Além e o plano material.  Podemos ver diálogos com os ditos anjos e com espíritos de pessoas que já haviam desencarnado.

A mediunidade não é um dom dado por Deus, no sentido de ser algo especial que torna o seu portador algum santo, como crêem algumas doutrinas religiosas.  A mediunidade é uma faculdade orgânica, que possibilita ao seu portador uma sensibilidade capaz de perceber energias que outras pessoas não percebem. Essa percepção pode ser mais ou menos intensa, e pode aflorar em qualquer fase da vida, possibilitando o portador desta faculdade, o intercâmbio com o plano espiritual, fazendo-se mediador entre os dois planos. Para essas pessoas que possuem tal sensibilidade, a Doutrina Espírita os classifica como médiuns. É ensinado pela a Espiritualidade Superior que todos somos médiuns, pois de alguma forma recebemos influência do plano espiritual, porém, para efeitos didáticos, só chamaremos de médium aquele que possui a faculdade de maneira mais ostensiva.

A mediunidade por si só não trás modificações do sujeito que a possui. A mediunidade é neutra. Ela não é boa e também não é ruim. Ela será boa se o médium usá-la de maneira sábia, caridosa e para o bem, e será ruim caso o médium dela faça mau uso. Muitas pessoas, às vezes não amparadas por uma religião ou filosofia que da mediunidade façam uso ou desconheçam, ficam bastante perturbadas com tal faculdade, uma vez quando manifesta, trás conseqüências psicológicas negativas, já que a pessoa não conhece o quese passa consigo própria e também não tem informações de como usá-la. Tenta achar explicações em lugares inoportunos, deixando-a frustrada e até mesmo com medo do fenômeno. Muitas vezes, correntes religiosas que não conhecem a mediunidade, atribuem, inadivertidamente, tais fenômenos ao demônio, receitando práticas ineficientes para o equilíbrio do sujeito.

O que se deve saber é que a mediunidade é algo natural, presente em todas as criaturas, e que nada tem de anormal. Não é manifestação do diabo, não é problema psiquiátrico, como foi tratado por muitos durante muito tempo, e ainda hoje existem médicos levianos que, não conhecendo a causa de tais fenômenos, classificam o médium como louco. Na Idade Média em especial, a história está repleta de fatos que relatam médiuns indo para a fogueira, pois a Igreja acreditava que tais pessoas eram bruxas ou tinham algum pacto com o diabo.

Para aquelas pessoas cuja mediunidade se manifesta, recomenda-se, primeiramente, o estudo do tema, para entender o que se passa - O Livro dos Médiuns é o maior tratado de mediunidade existente na atualidade. É aconselhável a procura de uma Casa Espírita séria, capaz de orientar a pessoa em como proceder com a sua mediunidade,  orientando-o para o burilamento moral e para o bom uso desta faculdade, que é uma excelente oportunidade de aperfeiçoamento e de fazer o bem.

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