Continuamos nossa série de artigos sobre a mediunidade. Vimos uma pequena introdução ao tema e outra pequena dissertação de como se dá o processo mediúnico. Certo é que você, que experiencia tais fenômenos, muitas vezes perturbadores, pode se perguntar o porquê de você ser assim. Às vezes, em momentos de aflições você pode chegar até a questionar Deus. Mas não se desespere, quando desconhecemos certas coisas, tendemos a dar tamanho aos "problemas" maior do que eles realmente o têm.
Valendo-nos da Codificação Espírita, podemos dizer que nós reencarnamos médiuns, não porque Deus nos dá castigo, no ponto de vista de uns, ou um dom, no ponto de vista de outros. Somos médiuns porque nós pedimos... Sim! Nós solicitamos vir com esta faculdade a fim de, ou nos retratarmos de erros do passado, na maioria das vezes ou, outras (raras) vezes, nós renascemos com essa faculdade com uma missão.
Assumindo a primeira hipótese, já que a segunda se dá de maneira mais rara, precisamos começar a analisar o porquê de termos pedido a mediunidade para uma reencarnação. Qual seria o ganho para mim? Onde eu poderia melhorar-me e, de alguma maneira, ajudar o próximo com minha faculdade?
Sessão Mediúnica |
Aos que trabalham em mesas mediúnicas em casas espíritas, por exemplo, recebemos notícias de que a mediunidade não foi só boa apenas para ajudar o próximo, mas possibilitou, mais do que qualquer coisa, o conhecimento e melhoramento de si mesmo. Possibilitou o reconhecimento de fraquezas, trabalho dos sentimentos, que muitas vezes podem estar bastantes endurecidos. A necessidade da mediunidade no ser humano, que dela usufrui, é para trabalhar o amor ao próximo. E como não se pode amar o próximo sem amar-se, é preciso uma profunda perscrutação no íntimo. Reconhecer suas fraquezas no trato com as fraquezas do próximo, seja ele encarnado ou desencarnado, e servir, servir e servir em prol da causa Crística de amar até mesmo os nossos inimigos.
A mediunidade provê excelente ferramenta para aquele que deseja se melhorar de forma segura, eficiente e eficaz. É uma ferramenta de caridade. Temos os diversos exemplos do convívio comum, mas também nas esferas missionárias, como podemos ver em médiuns como Divaldo Franco, Chico Xavier e outros, muito conhecidos no meio Espírita. Não é comum ver pessoas, mesmo que anônimas, carregando tamanha responsabilidade, por isso, aos que usufruem da mediunidade, devem ter nesses grandes nomes, não santos, mas referências para o bom uso da mediunidade.
A mensagem que deixamos neste artigo é que nada é por acaso. Tudo tem uma razão de ser. A mediunidade não nos foi concedida sem um objetivo. Cabe a cada um de nós, que dela somos portadores, fazer uma análise muito profunda de quem somos, do que esperamos da vida e onde queremos chegar, e aí utilizar a mediunidade como uma ferramenta para ajudar nessa trajetória.
Não é fácil, exige muita abnegação, tenacidade e resiliência. Mudanças de hábitos, que talvez muitos não têm coragem de mudá-los, mas a cada um será dado segundo as suas obras. Certo é que a melhor forma de usufruir da faculdade mediúnica é trabalhando no bem.
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