O trabalho é lei da vida. Sem atividade, o corpo definha e o Espírito se amolenta.
Para demonstrar a importância do labor, em dado momento Jesus afirmou:
Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também.
O Evangelho constitui um roteiro de vida equilibrada e saudável, não apenas um repositório de máximas de moral. Saber-se útil é essencial à psicologia humana. A criatura sem atividade produtiva carece de sentido existencial. Tende a adoecer, física e psicologicamente. Entretanto, o gosto por prolongados descansos persiste marcante na Humanidade.
Mesmo entre os religiosos, por vezes, o trabalho é tido à semelhança de uma punição.Muitos afirmam desejar morrer para descansar. Ou sinalizam, de variadas formas, considerar a morte uma forma de descanso. O ócio seria um prêmio, um objetivo a ser perseguido. Ocorre que essa linha de pensamento não encontra base na doutrina de Jesus.A Espiritualidade Superior afirma não possuir interesse na incorporação de devotos famintos de um paraíso feito de preguiça.
Na Terra, mesmo a erva tenra deve produzir consoante objetivos superiores. Os pequenos animais, guiados pelo instinto, cumprem o papel que lhes cabe. Nessa linha, o que não deverá produzir a magnífica inteligência do Espírito encarnado?
Grande é a tarefa depositada nas mãos dos homens cuja inteligência é iluminada pela fé. Fica-lhes muito mal reclamar da vida e desejar trabalhar o mínimo possível. Seu papel é o de agentes da Providência. Necessitam laborar com alegria para que o mundo se torne melhor. Precisam ensinar os ignorantes, amparar os indigentes e os caídos.
Esse convívio com seres de valores diferentes não constitui uma punição ou uma desgraça. O solo do planeta representa o abençoado círculo em que podem e devem colaborar com o Senhor da Vida. Trata-se de seu educandário e de sua oficina. Algum dia, lograrão assimilar bem a lição do serviço fraterno. Então, terão acesso a mundos mais depurados e felizes porque estarão habilitados a neles desempenhar tarefas mais sofisticadas.
A porta Divina não se abre a Espíritos que não se sublimaram pelo trabalho incessante. A plenitude íntima é condição própria de quem aprendeu a cooperar com Deus, no serviço ao próximo.
A figura de Jesus não pode ser invocada para justificar anseios de repouso prematuro. Ele apenas atingiu as culminâncias da ressurreição após subir ao Calvário. Ainda antes, ensinou e exemplificou o bem, de modo incansável. Dentre suas lições, avulta a da fé que remove montanhas.
Então, não adianta reclamar ingresso em mundos felizes, antes de melhorar o planeta em que se habita. Para seguir rumo a instâncias luminosas, é preciso acender a própria luz. Ocorre que a luz do coração somente se acende em amor fraternal, à frente do serviço.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 2 do livro No
Mundo Maior, pelo Espírito André Luiz, psicografia de Francisco
Candido Xavier, ed. Feb.
Em 21.06.2012.
Excelente texto...sigamos o exemplo de Jesus na luta e no trabalho de grande afinco em prol do Bem Maior.
ResponderExcluirTarefa árdua...mas sigamos em frente