quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Reforma

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo. esquecer nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares..

É o tempo da travessia e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado para sempre à margem de nós mesmos..

(Fernando Pessoa)

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Humildade


De certa forma, este tema é relacionado ao tema anterior que fala sobre o perdão. Para perdoar é preciso ter humildade, é necessário não deixar que sentimentos impuros e carregados de energias negativas toquem o nosso ego nos dando a falsa impressão de que perdoando estamos nos colocando inferior ao nosso irmão, faltando assim com a humildade.

Eu mesmo já confundi em um determinado tempo da minha vida a diferença entre humildade e humilhação. A sensação de se perdoar uma pessoa, dependendo do estado da nossa tela mental, é de que estamos nos humilhando, o que é uma sensação ruim, muitas vezes. Isso porque não conseguimos enxergar a amplitude do perdão. Com o nosso aprendizado aqui na Terra, vamos notando que perdoar, ser humilde e outros atributos mais, são indispensáveis para o viver.

Através da humildade conseguimos trazer para nós os amigos, fazemos as pessoas estarem perto de nós porque sentem prazer na nossa companhia, na nossa conversa. Com a humildade aprendemos a ouvir, a falar na hora certa sem ofender.

Um grande exemplo de humildade que temos na História da humanidade é Cristo. Jesus foi humilde todo o tempo, porém sem humilhar. Jesus não só escutava os seus irmãos menores, mas também ouvia o íntimo de seus corações, fazendo-os se sentirem recolhidos em seu amor celestial. O Mestre instruía e corrigia quem fosse necessário, porém sem humilhar ninguém. Sabia colocar as palavras certas que caíam no coração bruto sem causar estrago, mas a transformação.

Além de Jesus, temos muitos exemplos na humildade. Para todas as religiões e correntes filosóficas temos os ícones ou mártires que nos ensinaram o dom da humildade, além de outros. Cabe a cada um de nós não só colocarmos a etiqueta da religião/corrente filosófica, mas praticar os ensinamentos trazidos por todos esses enviados do Infinito para nos ajudar na escalada evolutiva nos direcionando para frente e para o alto na direção do nosso Deus.

Muita Paz!

sábado, 16 de agosto de 2008

O Perdão

É tempo de perdão


Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete. (Mateus 18:21-22)
O perdão é, talvez, a ferramenta mais sublime para o bom convívio entre os homens e para a evolução do nosso Espírito. É através do perdão que evitamos conflito, a inimizade, que fazemos o nosso companheiro de peregrinação feliz. E mais, fazemos um bem maior a nós mesmos do que ao perdoado.

Jesus, na passagem em que dialoga com Pedro, conhecedor de todas as chagas da humanidade, provou mais uma vez sua grande sabedoria quando respondeu para Pedro, em sentido figurado, que devemos sempre perdoar as ofensas de nossos inimigos. Não importando a falta que é cometida contra nós.

Muitas situações que nos encontramos no dia-a-dia nos induzem ao perdão, mas nem sempre agimos da maneira correta. Podemos citar algumas: um amigo nos traiu, um colega de trabalho que nos dedura por algum ato falho que tenhamos cometido, um ladrão que nos rouba algo material, etc. Situações, às vezes corriqueiras, que nos mostram o grande valor do perdão.

O ato de perdoar não está no simples fato de dizer “eu te perdôo”. O perdão é o esquecimento das ofensas, é não deixar as energias negativas que nos motivavam a vingança tomarem a nossa consciência induzindo-nos a particar algo contra o ofensor. O perdão é, de consciência tranquila, ignorar as falhas do nosso irmão, pois, assim como nós, ele está nesta Terra passando as mesmas aflições, as mesmas tormentas e tentações pelo mesmo objetivo, aprender, expiar faltas e evoluir rumo ao Criador.

Alimentar o ódio, a raiva e/ou a vingança gera consequências devastadoras para ambos os lados. Para o ofendido gera o ciclo vicioso, porque, uma vez que o ofendido ainda não tenha o esclarecimento moral para perdoar as falhas, retornará com outra ofensa, que gerará outra, e assim por diante. Para o ofensor, gera a condensação de fluídos negativos na nossa organização perispiritual trazendo consequências à nossa saúde mental, física e espiritual, daí o surgimento de doenças.

Perdoar é Paz. Perdoar é Fraternidade. Perdoar é Saúde.

Pregado à Cruz, Jesus mostrou mais uma vez a sua superioridade e, mesmo em momento de dor, ensinou através do exemplo.

E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes. (Lucas 23:34)