terça-feira, 24 de novembro de 2009

Período de Ausência

Caros amigos,

Já faz bastante tempo que não posto qualquer artigo aqui no Pensamentos Humanistas, infelizmente. Digo isso porque é através do interesse de postar aqui, que sou obrigado a estudar mais, correr atrás de conhecimentos, embasá-los e fundamentá-los para que não fique apenas repetindo e/ou falando coisas sem qualquer utilidade prática.

A minha ausência se dá porque eu estou super-ultra-mega-ocupado com a minha empresa. Concluí há pouco um projeto para a Catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro e estou na reta final do projeto da Quarto Grau Formaturas, além do projeto de manutenção que tenho com a Fórum Informações Advocatícias. Somado a isso, junta a minha vida familiar, os meus treinos de Jiu-Jitsu, o ESDE (Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita) do qual participo no CESF (Centro Espírita Seara Fraterna).

Não foi só este blog que ficou ocioso, mas também o Momento Espírita, que eu vinha regularmente atualizando-o. Mas eu vou voltar a atualizá-los em breve. Tão logo eu consiga aliviar a tensão da minha vida profissional.

Ah, já que eu estou aqui escrevendo. Vou aproveitar e falar um pouco sobre as leituras que tenho feito. Como vocês viram aí do lado, há algum tempo eu estava lendo um livro sobre a Psicanálise. Não o terminei, terminei em um pouco mais da metade, até porque tudo o que eu gostaria de ler nele eu li, que foram os principais psicanalistas que a gente conhece, a saber Freud, Jung, Lacan e Milene Klein. Fala-se de outros, mas ainda não os li. Atualmente estou concluindo a leitura de O Mundo de Sofia. É um dos melhores livros que já li. Sei que pra tudo tem seu tempo, mas talvez a minha vida teria sido um pouco diferente caso eu o lesse quando tinha meus 15 ou 16 anos. Leitura recomendadíssima!

Também está em voga o tema 2012. Putz! Como os americanos adoooooram essas catástrofes, desastres naturais, final dos tempos, etc..etc.. Incrível como eles casam a idéia do Juízo Final do Cristianismo com o término de uma era do calendário Maia. Havendo disponibilidade, eu vou parar para escrever sobre isso, mas para tranquilizar os vossos coraçõezinhos angustiados, relego-vos um documentário sobre o tema, que apesar dos comentários aterrorizadores do locutor, o conteúdo histórico do mesmo é bastante esclarecedor e enriquecedor. Julgue com a razão e terá sua própria opinião a respeito do tão controverso tema em voga na atualidade.

Para assistir o documentário, vá até o meu canal no YouTube. Dentro das listas de reprodução, tem uma que se chama Profecias Maia. Aproveitem! No meu canal tem diversas outras coisas interessantes...

Bom pessoal, é isso.. Estou sem postar, mas sempre presente. Lendo comentários, comentando os comentários, etc.

Um Abraço e até breve.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

TVCEI na TV a Cabo

Vamos ajudar a TV CEI ingressar na grade de canais das operadoras de TV por assinatura!

Eis mais uma forma de divulgarmos os postulados Espíritas!

Campanha de Adesão: TVCEI na TV a CABO!




Campanha de Adesão: TVCEI na TV a CABO!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Os Caracteres da Perfeição Moral

O que é ser perfeito? Em uma passagem bíblica existe a seguinte máxima: “Sede, pois, vós outros, perfeitos, como perfeito é o vosso Pai Celestial” (Mateus, 5:48). Mas o que de fato podemos entender por perfeição? Queria Jesus que fôssemos iguais a Deus? Será que isso é possível?

Se pegarmos essa passagem em sentido literal, podemos nos perder em devaneios desnecessários. Deus é a única perfeição absoluta, nada e nem ninguém poderá atingir tal grau. Porém, nós temos a centelha divina dentro de cada um de nós. Somos Espíritos perfeitos, não no sentido moral, pois para isso ainda falta algumas duas... ...dezenas de milhões de reencarnações, mas no sentido de sermos criaturas divinas, pois toda criação de Deus é perfeita. Temos dentro de nossa consciência, gravadas em ferro e fogo, as Leis Divinas, que trabalhadas, entendidas e praticadas com amor, inteligência e sabedoria, nos levará a perfeição, perfeição esta que Cristo se referia no passado.

Antes de qualquer análise mais profunda sobre esse tema, é imperioso conhecer os maiores de todos os vícios, de todos os males da humanidade: o egoísmo e o orgulho. Todos os males partem destes. Devemos verificar que toda inferioridade moral que o ser humano possui, é porque carregamos dentro de nossas bagagens de experiências, sentimentos que estão ainda contemplados no mal. Nosso trabalho é lutar contra esse câncer que faz com que não nos tratemos como irmãos, que lancemos anátema contra todo e qualquer ser humano, não sendo condescendentes com quem quer que seja.

O desprendimento e o desinteresse no seu mais amplo sentido são outros fatores a serem levados em conta quando falamos de Perfeição Moral. Não há como evoluir se não nos desfizermos das amarras que nos prendem à inferioridade. O desprendimento de tudo o que é material, todas as coisas que não nos acrescentam algo como ser humano, não nos tornam pessoas melhores, mais íntegras, devem ser extirpadas.

O desinteresse, por sua vez, é ainda mais difícil. Muitos pensam às vezes estarem fazendo caridade, mas quando vasculhamos o mais intimo de suas intenções, iremos ver algum tipo de interesse, seja material ou espiritual. Material porque às vezes, a exemplo dos políticos, fazem caridade esperando algo em troca, no caso o voto. Espiritual porque muitos fazem a caridade esperando serem recompensados no além túmulo, daí já temos o egoísmo, pensando mais em si mesmo que no próximo. Não que não devamos nos preocupar com nosso futuro espiritual, mas devemos procurar fazer o bem colocando-nos na situação de quem recebe o bem. Devemos sentir como se fossemos nós mesmos recebendo a atenção do nosso irmão.

A fim de conseguirmos contemplarmos essa perfeição em nós mesmos, não devemos abrir mão do maior de todos os ensinamentos de Jesus, o amor ao próximo, a caridade para com todos. Jesus, sabendo de todos os segredos que rodeiam a alma humana, todas as suas imperfeições, brindou-nos, dentre várias, duas lições que devem nortear a nossa vida: “Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.” (Marcos 12:30-31). Pouco mais a frente, neste mesmo diálogo de Jesus com os escribas, um destes repete seus ensinamentos demonstrando entendimento, então Jesus apressa-se em dizer que aquele está próximo do Reino dos Céus – ou da perfeição relativa a que estamos tratando.

Ouso analisar este mandamento e acrescentar algo. Para que possamos amar o próximo, temos que amar a nós mesmos. Para amarmos a nós mesmos, precisamos fazer um mergulho profundo dentro de nós, no imo do nosso serr em busca de nossos vícios e virtudes. Devemos combater os vícios e elevar a virtude. Através do conhecimento de si mesmo, poderemos entender o problema que aflige o próximo, entendermos que nós somos partes de um todo, o Todo Maior, que é Deus. Onde Ele nos dá condições de analisarmos todas as situações da vida a fim de compreendermos e nos dá subsídios para entender o sofrimento do próximo e não apontá-los como juízes severos. É mister que todas as nossas reflexões levem em conta não só o sofrimento alheio, mas suas virtudes, suas qualidades e que possamos aprender com elas. Não há nada melhor que olhar para o próximo como um reflexo de nós mesmos. Não teremos condições de verter julgamentos pesados para conosco, portanto, sereremos indulgentes pa com os nonossos irmãos.

Refletir, como Santo Agosostinho nos ensinou em O Livro dos Espíritos, é imprescindível. Todas as vezes que deitarmos a cabeça no nosso travesseiro, interrogarmo-no sabermos se tudo o que fizemos no dia foi bom, se algo fizemos de errado ou se possui algo que podemos melhorar. Assim, neste exercício diário de conhecimento de si mesmo, teremos condições de exercitar o amor desinteressado para com nossos irmãos, independente de cor, raça e/ou condição social.

Como dizia um velho filósofo da Grécia Antiga: "Homem, conhece-te a ti mesmo!"

Referências
Livro dos Espíritos, capítulo 12 - Perfeição Moral
O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XVII - Sede Perfeitos

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Poema da Gratidão



Poema de Amália Rodrigues recebido psicograficamente por Divaldo Franco e que normalmente é recitado no final de suas conferências.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O Espiritismo e os Fatos

O ponto em que o Espiritismo se apóia, que para uns pode ser questão de fé, é a possibilidade de comunicação com Espíritos que outrora viveram no plano terrestre como homens encarnados. Este ponto, por si só já é um fato que a Ciência, cega, não consegue nem provar nem refutar.

Podemos citar, por força do hábito, o mais famoso caso de comunicabilidade com os Espíritos desencarnados através da mediunidade do nosso saudoso Chico Xavier. A sua mediunidade, por ser mais ostensiva que a maioria dos médiuns conhecidos, brindava-nos não só com livros e mensagens magníficas de além-túmulo, mas também nos dá provas irrefutáveis de que ele servia de intermediário para a comunicação dos ditos falecidos com os seus entes queridos ainda em missão na Terra. Este é, acho que para os que não partilham da idéia Espírita, o mais conhecido fato que compõe o acervo de fatos que a própria Natureza nos mostra.

Podemos também rememorar os fatos das mesas girantes, que no século XIX serviu para Allan Kardec como ponto de partida para a codificação da Doutrina Espírita. Como este, centenas de milhares de outros casos podem ser vistos na História, muitas vezes atribuídos ao demônio, capeta, diabo ou satanás, que sabemos que nada mais foram, algumas das vezes, homens de moral duvidosa que habitaram corpos materiais e, após encerrar a atividade orgânica, não os tornavam santos na ultra tumba, permanecendo obsedando a sociedade.

Para não nos determos no perímetro do Espiritismo, podemos citar diversos cientistas, despojados da visão cartesiana que lhes são peculiar, pesquisam milhares de casos que sugerem a reencarnação nos quatro cantos do mundo. Um deles é Ian Stevenson, notável cientista que reuniu centenas de casos que sugerem não só a reencarnação mas também as Experiências de Quase Morte (EQM). Podemos citar também o filme espiritualista, Minha Vida em Outra Vida, baseado em fatos reais, que também é bastante esclarecedor com relação ao tema reencarnação.

Podemos também citar o cientista inglês William Crookes, que com suas experiências interagiu em plano físico com um espírito materializado de alguém que se denominava Katie King, inclusive eu recomendo fortemente àqueles que não acreditam no pós-vida, que pesquisem e leiam sobre este magnífico e corajoso cientista, que nos ofertou tão rico material de estudo.

Por fim, deixo-vos aqui um link para alguns vídeos, que foram transmitidos pela Discovery Channel, que falam justamente sobre algumas evidências que, para nós Espíritas, são provas irrefutáveis da Reencarnação.

Este post é uma resposta ao comentário do nosso amigo Magno ao post A Bíblia e o Espiritismo.

Os links contidos neste post são apenas referências para aquelas almas sequiosas de informações terem um ponto de partida para pesquisas mais dedicadas e aprofundadas.

domingo, 16 de agosto de 2009

...eu venci o mundo!

A vida nos reserva muitas peripécias. Muitas delas são tão bem armadas que chegamos a pensar que realmente caímos e jamais conseguiremos delas nos desvencilhar. Mas nós nunca estamos sozinhos! Sempre há perto de nós amigos encarnados e desencarnados que são incansáveis trabalhadores e nos estima a ponto de não nos quererem ver derrotados. Essa força que nos transmitem nos dá coragem de levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima. São anjos de Deus.

Há muito tempo Jesus disse que devemos orar e vigiar. Ele já nos alertava que no mundo há muitas distrações espirituais que não estariam desatentas quando tivessem que nos dar o bote. Lembro-me de alguém ter me falado que o mal só não ora, mas vigia o tempo todo. Então, mais uma razão para não darmos bobeira e ficarmos com os nossos olhos bem atentos e vibrações elevadas.

Tudo isso parece difícil, ter que ficar o tempo todo atento, trabalhando e nos esforçando para não fraquejarmos. Podemos pensar se chegaremos realmente a ter paz. Jesus também disse que no mundo teríamos aflições. Não devemos esperar a paz total aqui na Terra, porque aqui estamos ainda evoluindo na nossa trajetória espiritual e expiando nossas faltas de vidas passadas.

O que devemos fazer é focar em Cristo e lembrar quando nos disse: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo!”.

domingo, 31 de maio de 2009

Eu te amo não diz tudo!

Você sabe que é amado(a) porque lhe disseram isso? A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras. Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que se coloca a postos para ouvir suas dúvidas, e que dá uma sacudida em você quando for preciso.

Ser amado é ver que ele(a) lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é ver como ele(a) fica triste quando você está triste, é como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d'água.

Sente-se amado aquele que não vê transformada a mágoa em munição na hora da discussão.
Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.
Aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.

Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, eem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo.

Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; Quem não levanta a voz, mas fala;
Quem não concorda, mas escuta.

Agora, sente-se e escute: Eu te amo não diz tudo

terça-feira, 26 de maio de 2009

Evangelho de Jesus

Guardem a certeza de que o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo não é apenas um conjunto brilhante de ensinamentos sublimes para ser comentado em nossas doutrinações - é o código da sabedoria celestial, cujos dispositivos não podemos confundir.
Irmão Jacob

domingo, 26 de abril de 2009

Oração de São Francisco

A oração a seguir, também é interpretada musicalmente. Eu não a conhecia até ouví-la na Rádio Rio de Janeiro 1400Mhz AM, a interpretação na rádio é feita só violão e voz. Essa é uma das mais belas músicas-prece que eu já ouvi em minha vida.

Além da oração em si, colocarei uma interpretação feita por Fagner. Meditem, vamos refletir sobre essa poesia, vamos deixar que ela entre nos nossos corações fazendo com que estas energias benfazejas reproduzam dentro das nossas almas a modificação necessária para aumentar a luz que existe dentro de cada um de nós para que possamos levar as vibrações elevadíssimas para aquelas almas que ainda habitam na escuridão!

* * *



Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa Paz!
Onde houver Ódio, que eu leve o Amor,
Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão.
Onde houver Discórdia, que eu leve a União.
Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé.
Onde houver Erro, que eu leve a Verdade.
Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança.
Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria.
Onde houver Trevas, que eu leve a Luz!

Ó Mestre, fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando, que se recebe.
Perdoando, que se é perdoado e
é morrendo, que se vive para a vida eterna!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Oração pela Paz no Mundo

Senhor! Sabemos da nossa impotência diante do ódio e da vingança que armam bombas e mãos criminosas. Mas nós cremos na Vossa justiça soberana que impera em todo o universo, mantendo o direito e a dignidade de viver a todos os Vossos filhos, e a todos os seres da criação.

Senhor! Compreendemos a nossa fragilidade diante de tanta violência, que faz derramar o sangue de crianças e mulheres indefesas, espalhando a morte e o terror. Mas nós cremos na extensão de Vossa infinita misericórdia, ao determinar que a vida continue fecundando úteros, povoando a Terra com o sorriso inocente das crianças.

Senhor! Assistimos, estarrecidos, à total negação da mensagem de amor vivida pelo Meigo Rabi da Galiléia, vendo a crueldade afiando baionetas assassinas, bombas arrasando os campos floridos e calando as aves dos céus. Mas nós cremos na Vossa eterna bondade, que ordena ao sol e à chuva fertilizarem o solo arrasado e destruído; ao verde colorir os campos abençoados; às flores enfeitarem os jardins; e aos pássaros de novo cantarem pelo infinito dos céus.

Essa oração é o grito de nossa alma, na certeza de que nos ouvis neste momento, porque sabemos que criastes o homem para ser feliz, para amar, para abraçar seus irmãos, para viver em paz! Porque cremos, Senhor, que é Vossa a determinação de a paz reinar soberana um dia neste mundo, queiram os homens ou não, e porque cremos que é da Vossa vontade os canhões se calarem para sempre, é que rogamos à Vossa generosidade que inspire os homens a serem verdadeiros irmãos sob o estandarte do perdão e da legítima fraternidade!

Assim seja, porque a Vós pertencem a vida e o poder para sempre!

(Prece recebida por Gerson Simões Monteiro pela inspiração no dia 11/09/2001, diante da destruição das Torres Gêmeas nos EUA, publicada no jornal EXTRA do dia 16/09/2001)

Fotografia de Paulo Medeiros (www.olhares.com/paulomed)

segunda-feira, 20 de abril de 2009

O Princípio da Dor

Algumas vezes nos deparamos em situações que não sabemos explicar a causa das nossas dores. Tudo parece sem sentido, sem uma causa determinada para passarmos por uma situação que nos traga tanto sofrimento. A vida, portanto, na Terra, não será livre dessas dores, não será livre de sofrimento, claro, de acordo com a sabedoria mais ou menos elevada que nós, filhos da Criação Divina, utilizarmos para manipulá-la com primor.

Tudo na vida vem através do progresso. O progresso que nos tirou da era das cavernas, da era em que nos comunicávamos com uma linguagem rústica, com uma articulação pobre e quase sem significados para a era em que o homem já pôde transmitir os seus pensamentos através da palavra. Este mesmo progresso nos tirou da época em que a barbárie tomava conta do coração dos homens para o tempo onde nós já temos o senso de justiça e estamos cansados do mal. Em se tratando de progresso tecnológico e intelectual, é irrelevante nos delongarmos aqui.

Não obstante, todo o progresso vem através da mudança. A mudança que nos tira da zona de conforto e nos faz modificar atitudes, hábitos e pensamentos. Sendo que, modificar tais características não é simples e tampouco indolor. A mudança nos dá medo, nos trás dificuldades e muita dor, principalmente aquelas que nos toca o íntimo. Portanto, a dor neste caso é uma grande companheira que nos ensina, traz-nos um pequeno “sofrimento” e depois vai embora, pois após o nosso aprendizado e o estabelecimento dos novos hábitos, ela não será mais necessária.

Contudo, há também aqueles que não se comprazem da mudança. Preferem a zona de conforto, não querem ter o trabalho de modificarem-se, de modificarem as atitudes, hábitos, costumes. Preferem ficar para trás, porém não terem que sofrer a dor da mudança, dor esta Divina que nos empurra em direção ao Alto. Pobres criaturas! Sempre são arrastados pelo progresso, sofrendo com dores impostas e, ainda não compreendendo a necessidade do progresso, fixam-se no pretérito, fazendo da dor um sofrimento, trazendo sérias conseqüências para a sua formação moral e intelectual.

Sem mencionar as dores provenientes dos resgates e planejamentos efetuados no plano espiritual das vidas sucessivas, podemos entender parte do problema que aflige a humanidade, a dor por inanição. Por não querer acompanhar o progresso da humanidade, por não quererem fazer parte de uma nova humanidade. Humanidade esta que habitará a terra prometida e fará deste planeta um mundo melhor de se viver.

Artigo Relacionado:

quarta-feira, 8 de abril de 2009

A Importância da Família

O instituto da família é uma escola em que todos os que o constituem são, ao mesmo tempo, mestres e aprendizes uns dos outros.

Se o homem não sabe amar os que integram o seu pequeno universo familiar, como haverá de amar a humanidade?

Dentro do lar, quase sempre encontramos os nossos maiores desafios. Ninguém conseguirá avançar deixando para trás problemas que não resolveu. Sem saldar os nossos compromissos cármicos na Terra não nos sentiremos livres para os anseios da expressão espiritual, em demanda a outros páramos da vida.

A nossa responsabilidade primeira é para com aqueles que nos integram a parentela. Não aleguemos falta de afinidade para justificarmos a nossa deserção aos compromissos afetivos.

Nos múltiplos desencontros familiares em que se vê envolvido, o espírito é chamado a um acerto de contas consigo mesmo.

O familiar-problema é um instrumento de aprendizado para os que o rodeiam, um credor que nos bate a porta, reclamando com justiça o que lhe devemos.

Desarmemos o coração em casa e sejamos gentis com todos os que convivem conosco, se almejamos aprender a viver.

A oração e a alegria, o respeito e a indulgência são flores que deveremos cultivar todos os dias no jardim das nossas afeições familiares.

(Autor Desconhecido)


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sábado, 4 de abril de 2009

Audiobook: Violetas na Janela

Quem já é Espírita já deve conhecer a obra Violetas na Janela, psicografada por Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho, pelo Espírito de Patrícia, sua sobrinha, que desencarnou aos 19 anos de idade.

É um romance bastante simples, leve e read-non-stop. É um ótimo livro tanto para os que já são Espíritas, quanto para aqueles que estão começando a conhecer o Espiritismo. Para estes, eu recomendo fortemente. Vocês já devem ter ouvido falar da obra Nosso Lar, psicografada por Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito André Luiz. Há bastante semelhança com este, porém o desenrolar da história é bem diferente, haja vista a condição de cada um dos Espíritos citados serem bem diferentes no momento da desencarnação!

Para quem quiser, basta seguir os links no final do post. Esta informação foi retirada do blog Dupla Vista, também de conteúdo Espírita (que recomendo), que disponibilizou em formato MP3 em dois downloads. São 4:25h de áudio para vocês se deliciarem e refletirem na vida e na vida após a vida.

CD 1 e 2 (62.8MB): Download
CD 3 e 4 (62.3MB): Download

Muita Paz!

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Renovado

A doce sensação de tornar ao lar
Depois de muito tempo sem lá voltar
É como se um mundo nascesse em mim
Dando contas de um verdadeiro amor sem fim

A sensação de estar junto dos irmãos
Que juntos todos se apresentam à Deus em oração
Não tem preço no mundo que pague
Porque essa felicidade que é o nosso verdadeiro resgate

terça-feira, 31 de março de 2009

140 anos da desencarnação de Allan Kardec

Apesar do escasso tempo, não pude deixar de vir aqui para comentar, e relembrar, um fato histórico da história do Espiritismo. Exatamente hoje, completam-se 140 anos da desencarnação do Codificador da Doutrina Espírita - Allan Kardec.

Através deste post, quero deixar a minha homenagem ao grande homem ele foi, com uma de suas citações que me fizeram converter ao Espiritismo.

Fé inabalável é aquela capaz de enfrentar a razão frente a frente em qualquer época da humanidade.


E como disse Camille Flamarion no sepultamento do envoltório do corpo daquele que foi Allan Kardec, replico: "Até breve, até breve Allan Kardec!"

quinta-feira, 26 de março de 2009

Renovemo-nos

Renovemo-nos, assim, aprimorando as nossas possibilidades interiores para que nos comuniquemos com o supremo doador da vida, através dos fios invisíveis de amor que ligam com o Universo Infinito.

Voltei - Irmão Jacob (Cap. 16; As esquecidas virtudes da iluminação interior)

terça-feira, 24 de março de 2009

Ministro Absoluto

Jesus é o ministro absoluto, junto às coletividades que progridem nos círculos terrestres; os grandes instrutores do mundo, fundadores de variados sistemas de fé, representam mensageiros dele, que nos governa desde o princípio.

Voltei - Irmão Jacob (Cap. 14; Conceitos de uma vida preparatória)

quarta-feira, 4 de março de 2009

Experiência Humana

Frequentemente olvidamos a palavra do Senhor que nos recomendou aproveitar as oportunidades da experiência humana, na iluminação de nós mesmos através do devotamento ao próximo.
Voltei! (cap 14) Irmão Jacob

domingo, 1 de março de 2009

Em Busca de Sentido

Li o livro Em Busca de Sentido, de Viktor Frankl. O livro é uma auto-biografia onde o autor fala de sua experiência durante a Segunda Guerra Mundial, onde foi prisioneiro e passou por quatro campos de concentração nazistas, onde um deles foi o de Auschwitz.

A mensagem é a seguinte: tenha sempre um objetivo na vida.

E de fato, de acordo com a Logoterapia, abordagem psicológica criada pelo autor do livro, uma pessoa tende à depressão e ao suicídio graças a falta de sentido na vida do sujeito. As pessoas não conseguem enxergar um sentido, mesmo às vezes sem sofrimento, para continuarem vivendo e, por conseqüência disso, terminam por se encaixarem em quadros depressivos.

Muitos podem pensar que em momentos de sofrimento, é muito difícil enxergar um sentido na vida. Eu pergunto: como então Viktor Frankl, perdendo a sua esposa, separado dos seus familiares, mesmo com todo o sofrimento, que não vale a pena narrar aqui, conseguiu enxergar um sentido na vida e sair do campo de concentração, transformando o sofrimento em um recurso para alavancá-lo e motivá-lo a seguir a vida?

O sofrimento às vezes é muito bem vindo. Pode ser até uma dádiva dos céus. Porque o sofrimento nos faz pensar na vida sobre outro aspecto. Nós lembramos (sim, lembramos porque às vezes esquecemos) de que somos rélis mortais passando uma experiência na terra e nosso objetivo aqui é viver em prol do próximo, amando ao próximo como a nós mesmos. Então é no sofrimento que nos purificamos, enxergamos quão fracos e dependentes somos uns dos outros.

Fazendo um paralelo com a Doutrina Espírita, o autor não deixa de ter razão. O que é a Reencarnação senão uma missão que nos é incumbida a, através do sofrimento, alcançarmos estados mais sublimes do Espírito? Pense bem... E porque nós, Espíritas, normalmente não sofremos de depressão, mesmo quando o universo parece conspirar contra nós? Pense, tentando usar a abordagem logoterápica... Porque nós temos um sentido na vida que transcende tudo o que vivenciamos enquanto encarnados. Nós (e também muitas outras doutrinas religiosas) temos um objetivo que transcende essa experiência, temos a visão na vida futura, na vida após a desencarnação. Faz sentido?

Então, caros irmãos. Não vamos deixar a peteca cair. Sentindo-nos com aquela ponta de angústia, insatisfeitos com a nossa vida, vamos procurar alguma coisa para dar sentido a ela. Por menor que seja! Tracemos planos, metas e objetivos de curto prazo, que seja, de minutos, horas, para que possamos focar a nossa mente em algo que nos traga o prazer de viver, a paz de Espírito.

Boa semana repleta de Paz e Harmonia!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Reflexão Espírita

"Ajudem a si mesmos no desempenho das obrigações Evangélicas! Espiritismo não é somente a graça recebida, é também a necessidade de nos espiritualizarmos para as esferas superiores."
("A luta continua")

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Violência

Terminei de ler há alguns minutos o livro Rota 66, A história da polícia que mata. Sinceramente, quase não aguentei terminar a leitura, tamanha a barbaridade da covardia da Polícia Militar, a suposta "elite" da polícia de São Paulo. Em determinados momentos parava de ler com a idéia de não retomar mais a leitura. Tamanha a corrupção, a injustiça e o despreparo dos profissionais.

A violência não é o caminho!

Terminei de ler também o livro Abusado, o dono do morro santa marta há uns três dias. Alguns admiraram o tranficante - não foi o meu caso, pois o lado errado da vida certa não deve ser admirado, mas combatido. Se o próprio protagonista do livro, o cognominado Juliano VP, usava da inteligência e evitava a força bruta para as suas atuações (os próprios amigos do tranficante se referiam a ele como frouxo, bandido que não mata), porque a polícia não pode usar a inteligência para acabar, ou atenuar, a violência nas nossas metrópoles?

Sabe como ele, o VP, fazia para poder ter idéias das atuações criminosas? Com a leitura. A leitura é um dos troncos principais da educação. É através da educação que se esclarece. Se um traficante, sem formação acadêmica, tirava proveito da educação, por que os nosso policiais não fazem o mesmo, já que muitos deles têm curso superior e são até doutores da lei?

Quero deixar registrada aqui a minha indignação contra a violência cometida de graça não só pelos bandidos, mas também pelos policiais corrputos que só sabem reclamar do mau salário e se permitem o diálogo não proveitoso com o crime para tirarem vantagens financeiras sobre um dinheiro sujo de sangue inocente, carregado de mortes de crianças, de roubos...

A educação é a solução para os problema da nossa sociedade. Porém não devemos limitar-nos somente às escolas, às nossas crianças e jovens, mas também aos nossos servidores públicos responsáveis pela segurança. Eles também precisam de instrução para aprenderem a combater o crime com sabedoria.

DIGA NÃO À VIOLÊNCIA! NÓS QUEREMOS PAZ!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Divaldo Franco fala sobre o Carnaval





Amigos, mais um material riquíssimo que fala sobre o Carnaval. O médium Divaldo Franco fala sobre as origens desta festa e o seu desenrolar até os dias de hoje.
Este programa foi uma entrevista concedida ao programa Transição no dia 15/02.

Apreciem!

Leia Mais:

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O Carnaval na Visão Espírita

Sou assinante do RSS do blog Espírita na Net. Hoje recebi via Google Reader uma matéria extremamente importante e esclarecedora sobre o carnaval sob a ótica Espírita. Como é de uma relevância ímpar, resolvi trazer para cá a referência ao post para que vocês também possam tomar conhecimento do que nós Espíritas pensamos a respeito e porque, normalmente, não nos envolvemos com determinados tipos de manifestações. Leiam e Reflitam!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

O Mundo da Psicografia




Uma parte do programa Mais Você onde foi conversado um pouco sobre o Espiritismo e Mediunidade. Tem a participação de Divaldo Franco.

Apreciem!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

A Bíblia e o Espiritismo

Eu vim de um lar evangélico protestante, como alguns de vocês sabem. E é comum as pessoas afirmarem que a Bíblia é a palavra de Deus, única e infalível. Mas, será que é mesmo?

Conversando certa vez com um colega, ateu, sobre determinados pontos religiosos, eu ainda sendo evangélico protestante, ele chegou ao ponto de dizer:

- Ramon, não me leve a mal, mas eu não acredito em um deus que você diz ser só amor, mas que lá na Bíblia mata todos os primogênitos, mata todos os habitantes de uma cidade, etc. etc.

Certamente eu não soube o que dizer. Eu acreditava na Bíblia como “a” palavra de Deus. Não me dava o trabalho de analisar tudo o que estava escrito lá sem aquele dogmatismo religioso, sem a influência das explicações que eu usualmente escutava nas igrejas sem passar pelo crivo da razão, por medo talvez.

Com o passar do tempo, a gente vai amadurecendo, naturalmente, e vai perdendo o medo de ser castigado por Deus, de ir para o inferno, e começa a ficar mais ousado para questionar, pesquisar, entender e raciocinar sobre as informações chegam até nós, pois sentimos que a vida, Deus, Espírito é algo muito mais amplo, mais complexo do que uma simples explicação de céu e inferno.
O meu colega tinha razão? Não de todo, mas de certa forma sim. Mas a questão é que devemos entender uma coisa muito importante quando lemos a Bíblia. Ela não pode ser lida por qualquer pessoa despreparada, desinformada, pois pode causar estragos psicológicos muito profundos na alma do homem. Pode até levar gente pra fogueira!

O velho testamento tem milhares de anos. Naturalmente a cultura dos povos há três ou quatro mil anos não era a mesma que a nossa, e nem a evolução espiritual. As coisas eram entendidas de formas diferentes, os costumes eram diferentes, a religião era diferente! A Bíblia, portanto, foi escrita para o entendimento daqueles povos. Da mesma forma é o novo testamento, mas esse tem um “quê” especial. Ah, e sem falar das modificações que as palavras da Bíblia vem sofrendo ao passar dos séculos, seja por falta de correspondente na língua traduzida, seja por modificação proposital para atender as exigências de determinado grupo. Não, a Bíblia não é “a” palavra de Deus, como muitos pensam. Ela não foi Escrita por Deus. Ela foi escrita por homens, como nós, que deixaram o registro das passagens importantes do antigo povo judeu pela Terra, alguns mártires e, é claro, do Mestre Jesus.

Se pensarmos em velho e novo testamento, estamos em uma contradição sem precedentes! Por que Deus no velho testamento era terrível, matava nações caso se aborrecesse e no novo testamento Jesus Cristo já nos dizia exatamente o oposto!? Que Deus era amor, pura misericórdia, pura sabedoria? Deus muda? Será que o Deus do velho testamento é diferente do Deus do novo testamento? Óbvio que não.

Deus não castiga, não mata, não é injusto e tampouco é cruel! Quem se castiga somos nós mesmos, quem mata uns aos outros somos nós, que é injusto somos nós e quem é cruel é o homem com ele mesmo, ainda muito inferior no estágio evolutivo que nos leva a perfeição. Jesus Cristo, foi o homem que melhor explicou a essência de Deus não com palavras ou com ameaças, mas com atos de amor, carinho pelos irmãos mais novos, estes que ainda precisam de luz para chegar ao “Céu”, chegar à Vida Maior.

Não entrando no mérito das interpretações dos pontos citados acima, para encerrar este artigo relacionando a Bíblia e o Espiritismo, podemos parar para analisar com mais cautela, levando em consideração todos os tópicos citados. Muitas pessoas condenam o Espiritismo usando uma fonte de informações que desconhece. Não leva em consideração época, cultura, pessoas, falhas de tradução, modificações propositais, não se dão nem ao trabalho de saber o que é o Espiritismo para poder criticar! Examinar a Bíblia, não é uma tarefa para qualquer um, muito menos quando se quer utilizar argumentos para denegrir a imagem de outra fé religiosa. A Bíblia não é para isso. A Bíblia é uma rica fonte de informações culturais, de passagens lindíssimas de grandes mártires da humanidade mostrando o exemplo do amor, da caridade, da confiança em Deus e não para explicar religião A ou B. É para pegar esses lindos exemplos, como de Jó, de Paulo, de Moisés, de João Batista, de Jesus Cristo, Paulo, Pedro, Estevão, etc. e seguí-los, incorporá-los na nossa vida e nos tornarmos pessoas melhores, independentes se somos judeus, evangélicos, católicos ou espíritas!

O Espiritismo, por sua vez, é uma Doutrina Consoladora, conforme anunciada por Jesus Cristo, na Bíblia, para os tempos vindouros. É a Doutrina que veio nos falar das maravilhas do Infinito sem ser por parábolas. Não foi dito anteriormente porque os homens não tinham capacidade para entendê-lo – pelo menos os judeus –, pois os Egípcios já sabiam bastantes coisas que nós só hoje aceitamos (nem todos) com naturalidade. O Espiritismo esclarece à luz da razão, não impondo a fé em algo pela confiança que se tem no líder religioso, mas pela análise minuciosa de todos os aspectos da vida.

Não é a Bíblia que explica o Espiritismo, mas é o Espiritismo que deve explicar a Bíblia.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O que somos de fato?

O que é você hoje? Um corpo com um Espírito ou um Espírito com um corpo? Certamente somos Espíritos em corpos, este provisório e perecível, diga-se de passagem. Ninguém duvida que um dia o corpo ao pó voltará, para os crentes nos ensinamentos espíritas, ou até mesmo espiritualistas, sabemos que o Espírito voltará a habitar o espaço, habitação original dos Espíritos, e depois voltará, conforme a necessidade, a animar um corpo para continuar a sua trajetória para a perfeição.

O que venho notando, até mesmo em minhas palavras às vezes, em preces ou em conversas sadias, é o seguinte: “Senhor, leva o meu Espírito para partilhar da Tua sabedoria com os Teus filhos, meus irmãos, já em avançado estágio da evolução enquanto eu durmo.” ou ainda “O meu Espírito irá para o céu quando eu morrer”.

Qual a inconsistência dessas afirmações? A inconsistência está em crer que a consciência – ou Espírito – é o próprio corpo. Da forma com que é articulado o pensamento, a idéia é que o Espírito irá para um lugar partilhar de idéias edificantes e o corpo, consciência pedinte, ficará dormindo, aqui está a inconsistência da afirmação. Da mesma forma a afirmação seguinte. Quem vai para o céu é o Espírito, a consciência, nós. Nós somos os pedintes, nós somos Espíritos embalados provisoriamente em um envoltório carnal para que nós, Espíritos, possamos interagir com o mundo material seguindo o nosso plano de existência.

Então, quando estivermos orando, ou mesmo conversando, temos que fazer uma pequena modificação nas nossas palavras, assim: “Senhor, leve-me para partilhar da Tua sabedoria com os Teus filhos, meus irmãos, já em avançado estágio da evolução enquanto o meu corpo repõe as energias durante o sono.” Ou “Eu irei para o céu!”

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Pena de Morte

pena de morte não é a solução

Sob a ótica Espírita (e de muitas outras religiões), ninguém tem o direito de tirar a vida de ninguém. A vida foi dada por Deus e somente Ele pode interrompê-la no momento de Sua vontade de acordo com os desígnios que o Criador tem para todos nós.

O mundo passou por muitas transformações. Muitas mudanças erradicaram da nossa vida os maus hábitos dos nossos antepassados, porém outros, embora em pequena proporção, perduram na sociedade planetária, dentre elas a pena de morte.

Além das conseqüências trágicas sociais que a pena de morte pode trazer, as conseqüências espirituais são muito piores, independente se o réu é ou não de fato culpado pelo crime cometido.

Sabendo-se que a vida não cessa com a falência dos órgãos do corpo humano, crer que o indivíduo estará pagando pelos seus crimes simplesmente matando-o é uma mera inocência daqueles que ignoram a verdadeira vida.

Quando alguém faz mal a uma pessoa que não tem o dom de perdoar, normalmente esta não poupará forças para fazer o ofensor sofrer tudo o que lhe deve. Naturalmente, pelo fato dos Espíritos não serem nada além de nós mesmos despidos da vestimenta carnal, os réus dos tribunais terrestres condenados à pena de morte serão perseguidores incansáveis daqueles que contribuíram para a morte prematura. Daí se tem os quadros obsessivos que muitas pessoas ignoram a verdadeira causa, atribuindo as situações e até sintomas de saúde a causas incorretas, ignorando que a morte extinguiu a existência do Espírito.

Além dos problemas obsessivos, vale ressaltar, que assim como a lei física terrestre que diz que para toda ação existe uma reação de mesma força na direção contrária, também para o regimento da vida universal, existe a Lei de Causa e Efeito que diz que para todo efeito existe uma causa. Sendo a causa das obsessões os verdugos que foram expurgados da existência terrestre através da pena de morte no nosso caso em questão, também a causa de muitas mortes e sofrimentos que pessoas passam na maioria das vezes ignorando a causa, são conseqüências de ações vertidas contra os semelhantes fora das Leis Naturais, ou seja, infringindo-a. Por que quem pela espada fere, pela espada será ferido, já disse Jesus.

E qual seria então a solução para este problema?

A educação material e espiritual (esta se possível) da raça humana. Aprender a educar os homens prematuramente, mostrando as conseqüências de seus atos, fortalecendo-lhes a moral e tornando-os homens de bem voltados para o trabalho e ensinando-lhes pessoas de bem para que vivam em sociedade, norteados pelos ensinamentos do Evangelho – ou pelos ensinamentos que a este se assemelham.

Como tudo é fruto do trabalho e o resultado do trabalho vem com o tempo, não podemos desanimar de trazer para dentro de nós a vontade inquebrantável de tornarmos pessoas melhores, mudando a nós mesmos antes de querermos mudar o mundo. Pois, quando defendemos e lutamos a favor de algo que está entranhado em nosso ser, será muito mais prazeroso e mais convincente do que lutar por algo que você simplesmente conhece ou ouviu falar.

Considerando que somos focos de luz, naturalmente os fótons que de nós são emanados, penetrarão na mais profunda penumbra da humanidade fazendo-nos, a cada dia, enxergarmos que todos nós somos irmãos e trilharemos o mesmo percurso em direção ao Pai.

Existe uma influência mútua entre os seres, equivalente à que ocorre entre os astros.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Racismo? Isso não tem lógica...

De acordo com a maioria das religiões, sabemos por um não aprofundado estudo, que suas crenças são baseados no amor ao próximo e nas predições para o além-túmulo, essa é pois a base de levar-se uma vida religiosa. Garantir-se após a vida terrestre de um sofrimento, seja ele de que forma for. Seja a religião reencarnacionista ou criacionista, temos sempre a idéia de que algo nos sobrevirá após a morte. Se algo nos sobrevém após a morte, sinal é que o corpo de carne, que apodrece debaixo da terra após alguns dias, se tornará adubo e, sendo assim, o que de fato correrá no destino citado pelas religiões? Seja lá como você defina esse “algo” que perdura após a morte, eu o chamarei de Espírito por influência de minha religião – o Espiritismo.

Há muitos séculos nós, enquanto humanidade, passamos por uma série de constrangimentos por conta de uma falsa sensação de superioridade que temos sobre uns aos outros. Pensamos que podemos discriminar-nos por questões sociais, poder aquisitivo e, principalmente, como é o tema proposto por esse texto, pela cor da pele. Deixamos a falsa sensação de poder que vem com o dinheiro ou com o status subir às nossas mentes e, sem qualquer tipo de discernimento, ignoramos o fato de que todos nós viemos do mesmo local e, ao deixarmos este corpo de carne que apodrece poucos dias depois de sepultado, em nada seremos diferentes uns dos outros – Espíritos.

A pergunta que ressoa no imo da consciência é: por que discriminamos alguém? Analisando essa questão, talvez possamos chegar a um ponto comum: egoísmo. Achamos que somos melhores e por isso, devemos ter as melhores oportunidades do mundo, não nos dando o luxo de dividir com aqueles que pertencem a uma nacionalidade diferente, a outra etnia ou que tenha menos instrução que nós. Mas, por que isso? Por que sermos tão severos uns com os outros? Será que nós como Espíritos seremos julgados de acordo com as propriedades que tivemos na Terra? Seremos julgados pela cor da pele do corpo que habitamos, corpo este que serve de alimento para os bichos que habitam o solo terrestre? Nos tornaremos mais merecedores de qualquer coisa por sermos brancos, negros, amarelos? Brasileiro, Alemão, Americano ou Africano? Rico ou pobre?

Ferindo-se uma pessoa de raça diferente, o sangue a verter por acaso será de uma cor diferente senão vermelha? O coração estará localizado na barriga e o pulmão na cabeça? Não... Mas, então porque tanta discriminação? Por que julgar uma pessoa pela cor da pele? Por que julgá-la pela religião? Como entender pessoas que se julgam superiores, ignorar um semelhante como se este não fizesse parte de sua espécie? Espécie essa que evoluiu ao longo dos anos biológica e tecnologicamente, mas pouquíssimo evoluiu moralmente!

Como você pode esperar um mundo melhor enquanto pessoas iguais a você, ainda julgam pessoas retirando delas a oportunidade de se tornarem pessoas melhores? Como você quer ver um mundo melhor, se no mundinho que você se isola, não consegue enxergar o que realmente é a vida lá fora?

Antes de verter um julgamento a quem quer que seja, seja pelo que for, lembre-se de que você não tem nada diferente de qualquer outro ser que habita este planeta. Lembre-se que você se encontra exatamente nas mesmas condições de virtudes e fraquezas que qualquer outra pessoa que aqui habite. Você não é melhor nem pior, apenas semelhante.

Procure meditar nas palavras do Mestre Jesus quando disse sem sectarismo: Amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei.