domingo, 1 de março de 2009

Em Busca de Sentido

Li o livro Em Busca de Sentido, de Viktor Frankl. O livro é uma auto-biografia onde o autor fala de sua experiência durante a Segunda Guerra Mundial, onde foi prisioneiro e passou por quatro campos de concentração nazistas, onde um deles foi o de Auschwitz.

A mensagem é a seguinte: tenha sempre um objetivo na vida.

E de fato, de acordo com a Logoterapia, abordagem psicológica criada pelo autor do livro, uma pessoa tende à depressão e ao suicídio graças a falta de sentido na vida do sujeito. As pessoas não conseguem enxergar um sentido, mesmo às vezes sem sofrimento, para continuarem vivendo e, por conseqüência disso, terminam por se encaixarem em quadros depressivos.

Muitos podem pensar que em momentos de sofrimento, é muito difícil enxergar um sentido na vida. Eu pergunto: como então Viktor Frankl, perdendo a sua esposa, separado dos seus familiares, mesmo com todo o sofrimento, que não vale a pena narrar aqui, conseguiu enxergar um sentido na vida e sair do campo de concentração, transformando o sofrimento em um recurso para alavancá-lo e motivá-lo a seguir a vida?

O sofrimento às vezes é muito bem vindo. Pode ser até uma dádiva dos céus. Porque o sofrimento nos faz pensar na vida sobre outro aspecto. Nós lembramos (sim, lembramos porque às vezes esquecemos) de que somos rélis mortais passando uma experiência na terra e nosso objetivo aqui é viver em prol do próximo, amando ao próximo como a nós mesmos. Então é no sofrimento que nos purificamos, enxergamos quão fracos e dependentes somos uns dos outros.

Fazendo um paralelo com a Doutrina Espírita, o autor não deixa de ter razão. O que é a Reencarnação senão uma missão que nos é incumbida a, através do sofrimento, alcançarmos estados mais sublimes do Espírito? Pense bem... E porque nós, Espíritas, normalmente não sofremos de depressão, mesmo quando o universo parece conspirar contra nós? Pense, tentando usar a abordagem logoterápica... Porque nós temos um sentido na vida que transcende tudo o que vivenciamos enquanto encarnados. Nós (e também muitas outras doutrinas religiosas) temos um objetivo que transcende essa experiência, temos a visão na vida futura, na vida após a desencarnação. Faz sentido?

Então, caros irmãos. Não vamos deixar a peteca cair. Sentindo-nos com aquela ponta de angústia, insatisfeitos com a nossa vida, vamos procurar alguma coisa para dar sentido a ela. Por menor que seja! Tracemos planos, metas e objetivos de curto prazo, que seja, de minutos, horas, para que possamos focar a nossa mente em algo que nos traga o prazer de viver, a paz de Espírito.

Boa semana repleta de Paz e Harmonia!

Um comentário:

  1. Só agora que compreendi o quão importante poderemos ter um sentido na nossa vida. Sem ela não nos sentimos ninguém.

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