terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O que somos de fato?

O que é você hoje? Um corpo com um Espírito ou um Espírito com um corpo? Certamente somos Espíritos em corpos, este provisório e perecível, diga-se de passagem. Ninguém duvida que um dia o corpo ao pó voltará, para os crentes nos ensinamentos espíritas, ou até mesmo espiritualistas, sabemos que o Espírito voltará a habitar o espaço, habitação original dos Espíritos, e depois voltará, conforme a necessidade, a animar um corpo para continuar a sua trajetória para a perfeição.

O que venho notando, até mesmo em minhas palavras às vezes, em preces ou em conversas sadias, é o seguinte: “Senhor, leva o meu Espírito para partilhar da Tua sabedoria com os Teus filhos, meus irmãos, já em avançado estágio da evolução enquanto eu durmo.” ou ainda “O meu Espírito irá para o céu quando eu morrer”.

Qual a inconsistência dessas afirmações? A inconsistência está em crer que a consciência – ou Espírito – é o próprio corpo. Da forma com que é articulado o pensamento, a idéia é que o Espírito irá para um lugar partilhar de idéias edificantes e o corpo, consciência pedinte, ficará dormindo, aqui está a inconsistência da afirmação. Da mesma forma a afirmação seguinte. Quem vai para o céu é o Espírito, a consciência, nós. Nós somos os pedintes, nós somos Espíritos embalados provisoriamente em um envoltório carnal para que nós, Espíritos, possamos interagir com o mundo material seguindo o nosso plano de existência.

Então, quando estivermos orando, ou mesmo conversando, temos que fazer uma pequena modificação nas nossas palavras, assim: “Senhor, leve-me para partilhar da Tua sabedoria com os Teus filhos, meus irmãos, já em avançado estágio da evolução enquanto o meu corpo repõe as energias durante o sono.” Ou “Eu irei para o céu!”

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Pena de Morte

pena de morte não é a solução

Sob a ótica Espírita (e de muitas outras religiões), ninguém tem o direito de tirar a vida de ninguém. A vida foi dada por Deus e somente Ele pode interrompê-la no momento de Sua vontade de acordo com os desígnios que o Criador tem para todos nós.

O mundo passou por muitas transformações. Muitas mudanças erradicaram da nossa vida os maus hábitos dos nossos antepassados, porém outros, embora em pequena proporção, perduram na sociedade planetária, dentre elas a pena de morte.

Além das conseqüências trágicas sociais que a pena de morte pode trazer, as conseqüências espirituais são muito piores, independente se o réu é ou não de fato culpado pelo crime cometido.

Sabendo-se que a vida não cessa com a falência dos órgãos do corpo humano, crer que o indivíduo estará pagando pelos seus crimes simplesmente matando-o é uma mera inocência daqueles que ignoram a verdadeira vida.

Quando alguém faz mal a uma pessoa que não tem o dom de perdoar, normalmente esta não poupará forças para fazer o ofensor sofrer tudo o que lhe deve. Naturalmente, pelo fato dos Espíritos não serem nada além de nós mesmos despidos da vestimenta carnal, os réus dos tribunais terrestres condenados à pena de morte serão perseguidores incansáveis daqueles que contribuíram para a morte prematura. Daí se tem os quadros obsessivos que muitas pessoas ignoram a verdadeira causa, atribuindo as situações e até sintomas de saúde a causas incorretas, ignorando que a morte extinguiu a existência do Espírito.

Além dos problemas obsessivos, vale ressaltar, que assim como a lei física terrestre que diz que para toda ação existe uma reação de mesma força na direção contrária, também para o regimento da vida universal, existe a Lei de Causa e Efeito que diz que para todo efeito existe uma causa. Sendo a causa das obsessões os verdugos que foram expurgados da existência terrestre através da pena de morte no nosso caso em questão, também a causa de muitas mortes e sofrimentos que pessoas passam na maioria das vezes ignorando a causa, são conseqüências de ações vertidas contra os semelhantes fora das Leis Naturais, ou seja, infringindo-a. Por que quem pela espada fere, pela espada será ferido, já disse Jesus.

E qual seria então a solução para este problema?

A educação material e espiritual (esta se possível) da raça humana. Aprender a educar os homens prematuramente, mostrando as conseqüências de seus atos, fortalecendo-lhes a moral e tornando-os homens de bem voltados para o trabalho e ensinando-lhes pessoas de bem para que vivam em sociedade, norteados pelos ensinamentos do Evangelho – ou pelos ensinamentos que a este se assemelham.

Como tudo é fruto do trabalho e o resultado do trabalho vem com o tempo, não podemos desanimar de trazer para dentro de nós a vontade inquebrantável de tornarmos pessoas melhores, mudando a nós mesmos antes de querermos mudar o mundo. Pois, quando defendemos e lutamos a favor de algo que está entranhado em nosso ser, será muito mais prazeroso e mais convincente do que lutar por algo que você simplesmente conhece ou ouviu falar.

Considerando que somos focos de luz, naturalmente os fótons que de nós são emanados, penetrarão na mais profunda penumbra da humanidade fazendo-nos, a cada dia, enxergarmos que todos nós somos irmãos e trilharemos o mesmo percurso em direção ao Pai.

Existe uma influência mútua entre os seres, equivalente à que ocorre entre os astros.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Racismo? Isso não tem lógica...

De acordo com a maioria das religiões, sabemos por um não aprofundado estudo, que suas crenças são baseados no amor ao próximo e nas predições para o além-túmulo, essa é pois a base de levar-se uma vida religiosa. Garantir-se após a vida terrestre de um sofrimento, seja ele de que forma for. Seja a religião reencarnacionista ou criacionista, temos sempre a idéia de que algo nos sobrevirá após a morte. Se algo nos sobrevém após a morte, sinal é que o corpo de carne, que apodrece debaixo da terra após alguns dias, se tornará adubo e, sendo assim, o que de fato correrá no destino citado pelas religiões? Seja lá como você defina esse “algo” que perdura após a morte, eu o chamarei de Espírito por influência de minha religião – o Espiritismo.

Há muitos séculos nós, enquanto humanidade, passamos por uma série de constrangimentos por conta de uma falsa sensação de superioridade que temos sobre uns aos outros. Pensamos que podemos discriminar-nos por questões sociais, poder aquisitivo e, principalmente, como é o tema proposto por esse texto, pela cor da pele. Deixamos a falsa sensação de poder que vem com o dinheiro ou com o status subir às nossas mentes e, sem qualquer tipo de discernimento, ignoramos o fato de que todos nós viemos do mesmo local e, ao deixarmos este corpo de carne que apodrece poucos dias depois de sepultado, em nada seremos diferentes uns dos outros – Espíritos.

A pergunta que ressoa no imo da consciência é: por que discriminamos alguém? Analisando essa questão, talvez possamos chegar a um ponto comum: egoísmo. Achamos que somos melhores e por isso, devemos ter as melhores oportunidades do mundo, não nos dando o luxo de dividir com aqueles que pertencem a uma nacionalidade diferente, a outra etnia ou que tenha menos instrução que nós. Mas, por que isso? Por que sermos tão severos uns com os outros? Será que nós como Espíritos seremos julgados de acordo com as propriedades que tivemos na Terra? Seremos julgados pela cor da pele do corpo que habitamos, corpo este que serve de alimento para os bichos que habitam o solo terrestre? Nos tornaremos mais merecedores de qualquer coisa por sermos brancos, negros, amarelos? Brasileiro, Alemão, Americano ou Africano? Rico ou pobre?

Ferindo-se uma pessoa de raça diferente, o sangue a verter por acaso será de uma cor diferente senão vermelha? O coração estará localizado na barriga e o pulmão na cabeça? Não... Mas, então porque tanta discriminação? Por que julgar uma pessoa pela cor da pele? Por que julgá-la pela religião? Como entender pessoas que se julgam superiores, ignorar um semelhante como se este não fizesse parte de sua espécie? Espécie essa que evoluiu ao longo dos anos biológica e tecnologicamente, mas pouquíssimo evoluiu moralmente!

Como você pode esperar um mundo melhor enquanto pessoas iguais a você, ainda julgam pessoas retirando delas a oportunidade de se tornarem pessoas melhores? Como você quer ver um mundo melhor, se no mundinho que você se isola, não consegue enxergar o que realmente é a vida lá fora?

Antes de verter um julgamento a quem quer que seja, seja pelo que for, lembre-se de que você não tem nada diferente de qualquer outro ser que habita este planeta. Lembre-se que você se encontra exatamente nas mesmas condições de virtudes e fraquezas que qualquer outra pessoa que aqui habite. Você não é melhor nem pior, apenas semelhante.

Procure meditar nas palavras do Mestre Jesus quando disse sem sectarismo: Amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei.