segunda-feira, 26 de novembro de 2007

O objetivo das religiões do mundo

All religions, arts and sciences are branches of the same tree
(Albert Einstein)


Escrevi há algum tempo um artigo sobre as religiões e, infelizmente, fui mal interpretado por grande parte das pessoas que pegaram-se mais à letra do que a idéia lançada. Com esse texto tenho certeza que me farei entender de forma clara, simples e objetiva. Espero que compreendam e, acima de tudo, reflitam.

O que será que as pessoas pensam com relação a religião? Será que se perguntarmos para os religiosos "para que serve a religião?" eles saberiam responder? Aposto que pouquíssimos saberiam... Talvez por ignorarem o sentido da religião, talvez por nunca terem parado para pensar. Acredito eu que se parassem para refletir na religião em si, poderíamos viver em paz. Você pergunta, por que? Vamos à reflexão...

A palavra religião deriva de religere, que significa religar. Religar o homem à Deus. E como se daria essa religação? Através do conhecimento de si próprio, da reforma íntima praticada, independente dos dogmas, expressões exteriores, credo e/ou fé. O objetivo neste caso é fazer o homem um ser melhor. Melhor no sentido ético e moral. Fazer do homem uma forma de representação da divindade na Terra através da prática da caridade de Deus, a caridade anunciada por Jesus Cristo cujo manual é o Evangelho.

Se o objetivo é melhorar o homem, porque existem guerras entre religiões? Porque umas querem ser mais corretas que outras lançando anátemas àqueles cujo intelecto é menos esclarecido espiritualmente? Isso é um sinal de superioridade? Claro que isso é um sinal de inferioridade. É um sinal de que a religião não está servindo de absolutamente nada. Cumprir dogmas não é ser religioso. Ir à igreja para esquentar bancos não é ser religioso. Decorar toda a história da igreja não é ser religioso. Anatematizar o teu próximo não é ser religioso. Ser religioso é amar o próximo como a ti mesmo, é ter paciência para com o teu irmão, é ser indulgente para com as falhas do teu próximo, é ser mais crítico consigo mesmo e menos crítico para com o teu irmão. Eis os mandamentos das religiões.

Agora, porque será que se o coração das religiões são compostos do ensinamento como "Faça ao próximo o que gostaria que ele te fizesse", e mesmo assim ainda temos guerras e batalhas travadas cuja chulo objetivo é dizer que a religião A ou B é detentora de toda a verdade? Eis o grande câncer que acarreta essa batalha infundada, o egoísmo. Mas isso vai ser matéria para outro artigo!

O que nos resta agora é saber se, independente do nosso credo ou dogmas que praticamos, se nos apresentarmos à frente do grande Juiz, e ele perscrutasse o fundo do nosso coração e o mais íntimo dos nossos pensamentos, estaríamos aptos a exclamar em alto e bom som: "Senhor, fui justo e reto durante minha encarnação conforme o Evangelho do teu Filho Jesus. Conceda-me o privilégio de fazer parte da tua falange de trabalhadores para que eu contribua para a evolução dos teus pequeninos, meus irmãos."

Reflitam.

Muita Paz.

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sexta-feira, 23 de novembro de 2007

O Repouso

"Nada melhor que descansar após um dia de trabalho..."

É muito bom poder descansar depois do trabalho, não é mesmo? Afinal, ninguém é de aço. Até Deus, segundo a Gênese Mosaica, descansou após a criação do planeta! E porque nós não descansaríamos também? Até porque o descanso é a reposição das forças do organismo para que possamos continuar trabalhando.

No último artigo, falamos da benção que é trabalhar, no sentido mais amplo da palavra. Porém, como Deus em toda sua perfeição, também nos recomenda o descanço. Mas quando descançar? Quando as nossas forças estiverem se extinguindo. Isso é necessário para que possamos elevar a nossa inteligência, elevar o nosso espírito além da matéria. Mas como? Quando estamos em repouso, nossa mente trabalha de forma livre, sem o comprometimento de um trabalho. Conseguimos "trabalhar mentalmente" concebendo idéias que talvez não conceberíamos em atividade.

Na velhice, a famosa aposentadoria, também podemos dizer que é uma lei natural. O limite do trabalho do homem se dá até onde vai suas forças, porém, Deus nos deixa livres para que possamos continuar nosso trabalho. Nós vemos bastante gente que, mesmo depois de se aposentarem, continuam trabalhando. Uns por necessidade, outros por prazer, outros ainda por ganância, que é condenável aos olhos de Deus. Para aqueles que trabalham por necessidade, deveriam, segundo nos é ensinado pelos nossos irmãos do plano espiritual, que os que possuem ainda o vigor da idade, da força, provenham os meios para o resto da existência daqueles que não têm mais possibilidade de trabalhar. Assim, quando chegar a nossa vez, Deus possa prover também um anjo que supra a nossa necessidade. Dessa forma podemos colocar em prática o que muitos mantém nos lábios - a caridade.

Cabe a nós, trabalharmos e orarmos, como diz o Evangelho, e continuar a nossa labuta para que possamos repousar no momento correto com a sensação de "missão cumprida".

Muita Paz!


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quinta-feira, 15 de novembro de 2007

O Trabalho


É dito por aí que o trabalho enobrece o homem. Existem alguns outros poucos que dizem que o trabalho deve ser realizado somente para manter as necessidades básicas do homem para sobreviver. Tenho lá minhas dúvidas. Outros ainda dizem que o trabalho é um castigo. Definitivamente, discordo dessa afirmativa. Mas, o que é o trabalho na verdade?

Antes de tudo devemos definir: Afinal, o que é trabalho? Trabalho é toda a ocupação útil. Seja material ou espiritual. Vamos agora entrar em alguns aspectos relevantes.

O trabalho material que temos conceituado no nosso consciente, é extremamente necessário para a civilização. Na medida em que a civilização evolui, nossos prazeres e necessidades aumentam, gerando cada vez mais trabalho para as diferentes classes para satisfazermo-los. Este trabalho, também nos evolui o intelecto e a capacidade de relacionamento. A cada dia de trabalho aprendemos a, ou lidar melhor com as pessoas, ou executar uma nova tarefa ou até mesmo aperfeiçoar uma tarefa que já vínhamos executando há muito tempo. Muitos enxergam o trabalho somente como uma obrigação, às vezes um castigo. Olha, cá entre nós, se isso for um castigo, é bom pra xuxu! Porque eu aprendo coisas novas, evoluo a minha capacidade intelecto-cultural e ainda recebo por isso! Além de contribuir, embora de forma modesta, para o crescimento da humanidade e para o benefício do meu próximo!

Além do trabalho remunerado, existe aquele que executamos muitas vezes sem o conceito de trabalho definido. O fato de, por exemplo, cuidar do filho do vizinho enquanto ele vai ao mercado fazer compras, já é uma forma de trabalho. Quando criamos uma casinha na árvore para os nossos filhos brincarem, também é trabalho. Quando colhemos frutos do pé de uma árvore, é trabalho. Na natureza, todos os animais trabalham. Todos aprendem em cada caçada, em cada subida de pé de árvore. Ninguém na natureza se alimenta se não trabalhar. Evoluímos em cada aspecto de trabalho citado até agora, consegue enxergar isso?

Agora, gostaria de falar de um trabalho especial. O trabalho espiritual. Aquele trabalho que fazemos para contribuição direta da elevação do nosso espírito. Existem os trabalhos realizados puramente no plano espiritual, seja através dos sonhos ou de desdobramento mediúnico consciente. Quando estamos trabalhando no plano espiritual, diretamente estamos contribuindo para a evolução espiritual de nós mesmos ou de outros. No plano espiritual, segundo nos é dito pelas entidades mais evoluídas que se comprazem de comunicarem-se conosco, o trabalho é exatamente igual o que temos aqui. Cada um com suas ocupações, com suas funções e com as suas ferramentas. Os amigos mais elevados que nós, que nos seguem todo o tempo, ditos anjos guardiões ou espíritos protetores, são trabalhadores incansáveis, por exemplo. Existem sim, trabalhos que talvez não tenhamos condições de entender, contudo, não deixa de ser considerado trabalho.

Existe também aquele trabalho que se dá em sintonia entre o plano material e o espiritual através dos médiuns. Pessoas com "organismos mais sensíveis" são intermediários do plano espiritual. Esse trabalho é puramente de servidão. Servir para ambos os lados. Talvez, para o homem espiritualizado, seja o mais satisfatório trabalho que exista. Podem-se desta forma de trabalho dar mensagens para pessoas que necessitam de algum alerta e/ou instrução, consolar famílias ou até mesmo instruir multidões, como foi feito com alguns médiuns de renome, como por exemplo Chico Xavier, Camile Flamarion, etc.

Digerimos algumas, das várias formas de trabalho que existem. Focamos em uma visão materialista e espiritualista, para não deixar ninguém de fora. Em ambos os casos, quando temos uma perspectiva futurística, enxergamos o quão útil é o nosso trabalho. Sabendo disso, podemos dizer com conhecimento de causa: O trabalho enobrece o homem.

Abraços Fraternos!

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Aqui se faz, aqui se Repara

Ciclo de Evolução


Quem já não ouviu falar do velho ditado "aqui se faz, aqui se paga"? Querendo ou não, todos nós temos inconscientemente a idéia de diversas existências corpóreas. Creia você, ou não, a reencarnação já é um fato comprovado por diversos pesquisadores. A reencarnação já é uma crença há muito tempo, desde os hindus, budistas e taoístas. Todos crêem na subjugação do espírito às provas corporais sucessivas objetivando o melhoramento do "eu".

Outro aspecto interessante, que pode nos dar subsídios para crer na reencarnação, é a famosa pergunta que muita gente faz, geralmente crianças: "Para onde vou quando morrer?". Pense bem, uma pessoa que levanta um desses questionamentos certamente crê que algo existe além do corpo físico e que não se identifica com ele, visto que sabe que o "eu" irá para algum lugar que não é este que vivemos. Talvez outra dimensão, como é dito na teoria das membranas (M-Theory).

Se no fundo do nosso [in]consciente temos a idéia da existência da alma, certo é que algum destino deverá tomar no fim da vida corpórea. E qual será? Argumentos não faltam. Religiões, Ciência e mesmo a mídia já são aparatos para comprovar que a alma se mantém em algum lugar (em outra dimensão, talvez) e após disso, dependendo do que lhe falta para depuração, volta para uma nova existência neste planeta que nos oferece tantas oportunidades de aperfeiçoamento.

Fizemos o mal? Devemos repará-lo, pois Justiça é pagar pelos erros cometidos e ser beneficiado pelas virtudes alcançadas. Justiça não é, por alguns erros encarnatórios influenciados pela sociedade pecadora, ser jogado em um lago de fogo ardente para perecer até os dias da eternidade. Isso não é Justiça. Isso é conceito dos Judeus de dois mil anos. Por isso, seremos submetidos à prova tantas vezes quantas forem necessárias, até que estejamos pontos para subirmos mais um grau na escalada evolutiva. Aqui se faz, aqui se repara.

Abraços Fraternos!