terça-feira, 28 de agosto de 2007

Conhece-te a ti mesmo

Estou agora num momento de introspecção ouvindo uma das centenas obras de Frédéric Chopin. Sua forma de dedilhar ao piano, a expressão que varia sutilmente do pianíssimo ao muito forte é de uma magnitude angelical, divina. Cada nota, seja breve ou longa, introduzindo suavemente através dos tímpanos diretamente no âmago da alma uma sensação de paz, serenidade, calma... A música é fascinante, é necessário muita sensibilidade, desprendimento do nosso cotidiano para poder entender o quão magnânimo é a música para o ser humano, poder dar valor a esse grande refúgio que Deus nos revelou para nos auxiliar na introspecção e no conhecimento do nosso Ser. E é sobre essa sensibilidade que eu vou falar hoje, a sensibilidade que temos quando desenvolvemos o conhecimento de nós mesmos.

Usualmente estamos focados em atividades do nosso cotidiano, tais como: trabalhar, estudar, cozinhar, lavar, passar, sair com amigos, etc. Sempre temos todo o tempo necessário quando se trata de cuidar de nossa vida material. Sempre encontramos tempo, por mais assoberbado que estejamos, para sair com amigos, tomar um chopp, ir ao cinema. Talvez por ignorarmos o assunto ou por pura displicência, nunca tiramos um tempo para fazermos uma viagem dentro de nosso Ser. Um verdadeiro tour que nos mostrará quem somos na realidade.

A reflexão é uma ferramenta importante que devemos nos utilizar para facilitar o conhecimento de nós mesmos. Conhecendo-nos temos a sensibilidade de estar sempre em sintonia com o divino, pois o divino está dentro de cada um de nós. Essa sensação de paz, harmonia, serenidade é alcançada quando conseguimos nos despir do preconceito, do egoísmo, da ganância, do materialismo. Consguimos enxergar algo além, muito além da matéria grosseira que nos envolve.

A esperança de uma vida futura sempre vem com a nossa "espiritualização". Nós somos capazes de ver que o que nos cerca não são nada perante o que é real: a vida espiritual. Essa estadia durante este planeta é só um estágio, uma fase, como muitos sabem, mas poucos confiam. É uma oportunidade que temos para depurar o nosso espírito e alcançarmos uma condição melhor.

Com o conhecimento de nós mesmos somos capazes de desenvolvermos o amor ao próximo sem ostentação, enxergaremos a beleza em todas as coisas criadas por Deus. E também, é claro, sentirmos no íntimo do nosso Ser a magnitude das melodias entonadas ao piano por Frédéric Chopin. :)

Que a Paz e a Harmonia possa inundar o nosso Ser!

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

O bem nada seria se não existisse o mal

Muito se fala que devemos fazer o bem. Mas o que é o bem? Para que serve? Já parou para pensar por que razão temos, na maioria das vezes, a preferência de seguir o bem e não o mal? Mas o que é o mal? Por que não seguir o mal? Estas questões são as mais importantes quando estamos pensando em seguir um caminho que nos dê algum benefício. Seja em um espaço de tempo curto ou longo, nesta ou noutra vida.

Todos nós temos desde pequenos senso do que é certo e do que é errado, mas qual é o parâmetro? Qual a nossa referência? Será que só sabemos o que é bom porque os nossos pais disseram para nós: "Meu filho, não faça isso porque isso é mal"? E aqueles que, por ironia do destino, mesmo sem pai e sem mãe conseguem trilhar o caminho que julgamos o caminho do bem? Infelizmente nem todos têm a mesma sorte...

Então, com uma reflexão profunda e com uma dose de espiritualismo, podemos concluir que o bem é tudo aquilo que segue as leis de Deus. Não matar, não roubar, não desejar a mulher do próximo, honrar nossos pais, etc. E isso é o que está entranhado em nossa consciência superior. Ninguém precisa nos ensinar hoje em dia que matar ou roubar é errado, porque temos dentro de nós um sentimento inato de que não devemos fazer aos outros o que não gostaríamos que fizessem conosco. E isso é o que convencionamos de "bem".

E o que é o mal? Porque matar é mal? Por dedução lógica, podemos concluir que o mal é tudo aquilo contrário às leis de Deus. Pode pensar em qualquer coisa que você considera mal, qualquer coisa mesmo, e avaliar com sinceridade e senso crítico se Deus se agradaria do que você pensou. Se a sua razão julgou que sim, então isso é o mal.

Existe dentro de cada um de nós um sentinela que Deus criou com alguns atributos e características que nos conduz para o caminho da retidão, esse sentinela chama-se consciência. É a nossa consciência o nosso maior juiz. E o melhor de tudo é que ela está sempre julgando em favor do divino, ou seja, fundamentada nas leis Divinas. Uns tem suas consciências mais desenvolvidas que outros, mas isso tudo é uma questão de evolução, de estudo, de conhecimento. Chegará um ponto que nossa consciência estará tão afiada nesta Terra que ninguém precisará mais de um juiz para julgar os atos de ninguém, todos os homens serão seus próprios juízes.

Existe uma perguntinha, se você crê em Deus, que certamente você já deve ter feito: Deus criou o mal? Claro que não! Deus criou as suas leis imutáveis e deu à sua criação o livre-arbítrio. Como vimos acima, tudo que está de acordo com a lei divina, convencionamos que é o bem, caso contrário é o mal. Então quem criou o mal foi a própria criatura de Deus. Como foi figurado no Gênesis com Adão e Eva quando na alegoria Eva come a maçã, infringindo a lei do Criador, aí o mal se estabelece na consciência humana.

Entretanto, jamais deveremos abolir o mal, pelo menos por enquanto. O mal é muito, mas muito necessário para a evolução da humanidade. Como poderíamos galgar novos degraus da evolução se não houvessem barreiras, não houvessem provas que deveríamos transpor? O mal é o amigo do bem porque este é a ferramenta que temos para provar que podemos praticar o bem e, conseqüentemente, evitá-lo. Assim, de acordo com o nosso conhecimento maior das leis divinas, vamos alcançando novos planos, novas provas e novos méritos. Até chegarmos à perfeição angelical.

Agora que você já sabe disso, algo de mal que está acontecendo na sua vida atualmente, é uma ferramenta, um ponto de apoio para você subir mais um degrau na sua vida material/espiritual. O mal é uma ferramenta, devemos vê-lo não com medo ou repugnância, apenas enfrentá-lo e usar o bem para acabar com ele.

Pense nisso!

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

O Esquecimento do Passado

A reencarnação, embora bem antiga e comprovada biblicamente, é um assunto que veio a luz da consciência dos ocidentais há pouco mais de 150 anos quando Allan Kardec compilou as obras da Doutrina Espírita, obras estas que agregam assuntos doutrinários de cunho moral e novos assuntos da espiritualidade que antes eram conhecidos apenas por parábolas e parcamente compreendidos. Muitas são as dúvidas que circundam esse tema onde uma delas é: "Se existe a reencarnação, como nós não nos lembramos do que fomos nas vidas anteriores a fim de não cometermos os mesmos erros na vida presente?". E a resposta desta pergunta é o desenvolvimento deste artigo. Preparado?

Para os que chegam agora, antes de tudo, sejam bem vindos! Eu escrevi um artigo que fala sobre a reencarnação - Reencarnação: uma questão de Justiça. Este artigo explica de forma simples, didática e com referências (inclusive bíblicas), alguns aspectos que provam a reencarnação. Sendo assim, aconselho que leia o artigo citado anteriormente para melhor compreender o que desenvolveremos aqui.

Todas as vezes que nos desfazemos do envoltório material voltamos à nossa vida real, a espiritual. Lá temos consciência de todo o nosso passado. Sabemos se a nossa última reencarnação avançou ou estacionou na escala da evolução. Sabemos das nossas últimas reencarnações e do proveito que tiramos delas. Assim, podemos refletir se estamos avançando ou estamos estacionados no caminho da evolução. Este caminho requer esforço, reforma íntima e muito amor.

Quando voltamos, temos que reparar as nossas faltas passadas, mas no nosso estado atual de evolução não nos é permitido saber a causa da nossa expiação, pelo menos não conscientemente. Para que saibamos o que corrigir, nós escolhemos, ainda na espiritualidade, as provas e expiações que iremos enfrentar durante encarnados para reparar as nossas faltas ou para provarmos a fim de evoluirmos. Essa escolha se dá de acordo com o grau de evolução de cada um de nós espíritos que somos. Se possuirmos o desejo de evoluir, procuraremos os meios adequados e suscetíveis para alcançarmos o nosso objetivo. Como estamos em um grau muito baixo da escala evolutiva, as lembranças se dão de acordo com as intuições que recebemos que podem ser tanto para o bem quanto para o mal. Podemos notar isso quando somos tendenciados a fazer algo errado e a nossa, o que chamamos de índole, fala mais alto, convencendo-nos a não seguir tal caminho. Acreditamos muitas vezes que tal comportamento veio de nossos pais, que de fato veio, porém fomos nós que escolhemos isso quando estávamos na espiritualidade. Isso mesmo! Nós escolhemos até os nossos pais que contribuiriam para a nossa evolução. Se para as inclinações más temos tendências que nos ajudam a evitá-las, por que não teríamos também para as influências do bem?

A lembrança de todo o nosso passado pode nos ferir se tivemos comportamentos muito ruins que nos colocaram numa condição pior na vida atual. O esquecimento vem como a bondade de Deus para nós. Da mesma forma se fomos alguém de muito boa condição e hoje temos condição muito ruim, isso poderia ou atiçar o nosso orgulho ou nos deixar depressivos... Muitas pessoas, infelizmente, ainda se prendem muito no passado. Saber o que se foi nas vidas pretéritas só é útil quando se tem um objetivo muito nobre, caso contrário, devemos trabalhar para não termos surpresas desagradáveis ao fim da vida.

Da mesma forma que pessoas infelizes prendem-se no passado, as mais digamos "abertas", visam o futuro e o constroem com base nas lições aprendidas anteriormente. Isso não é ainda o nosso estado atual, pelo menos não de boa parte das pessoas. Prendemos-nos até no passado da nossa vida atual, imagina de outras vidas, que caos não seria? Mas existem espíritos de esferas mais avançadas, onde a matéria é menos densa e a moral muito mais elevada, que Deus lhes concede o privilégio de ter uma visão mais ou menos clara da suas vidas pretéritas a fim de aperfeiçoarem os seus caminhos para alcançarem os seus objetivos. Galgarem o caminho da evolução de forma mais direta e com menos impasses. Mas isso é um presente àqueles que conseguem atravessar essa fase que nos encontramos com força, determinação e muito amor a Deus e ao próximo. A lembrança do passado para eles de nada tem de atormentador, visto que são muito mais à frente de nós. Lembram-se do passado como um sonho ruim que contribuiu muito para o seu avanço.

Temos que ressaltar um ponto importante. Tudo o que aprendemos, jamais é esquecido. Na pior das hipóteses fica em estado latente em nossa mente, mas nunca perderemos o conhecimento adquirido, por isso que nunca regredimos. Sendo assim, o esquecimento não é do conhecimento adquirido, mas dos fatos bons ou ruins que vivenciamos. O conhecimento está sempre em nós. Podemos ver isso através das diversas características que moldam um homem desde a sua meninice. Uns mais inclinados ao bem, outros ao mal, outros ainda com vocações especiais para a música, outros para matemática e assim por diante. É o chamado conhecimento inato. Para nós, não importa nem com quem, nem como aprendemos as coisas, o que importa é que aprendemos e, se for bom, devemos colocar em prática. Você se lembra com quem e quando aprendeu a somar, multiplicar, dividir e subtrair? Lembra-se como aprendeu a ler? O que importa na verdade é que você já sabe. Da mesma forma é com o conhecimento adquirido em vidas pretéritas.

Este assunto é bem vasto, muitas coisas podem ser encaixadas neste contexto para desenvolvermos temas imensos muito bons de conversar. Vou deixar para vocês, meus amigos, a oportunidade de refletirem sobre isso. Pensem, mas pensem refletindo. Desprendam-se de todos os seus preconceitos que lhes impedem de abrir-vos a cortina da consciência. Finalizo então este artigo com a indicação de um filme muito interessante. É uma prova, um fato comprovado da Reencarnação. É um filme que vocês entenderão melhor tudo o que falamos no artigo sobre a reencarnação e neste. O filme é: Minha Vida na Outra Vida (Yesterday Children).

Muita Paz!

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

A Reforma Íntima

No decorrer da nossa vida nos deparamos com situações difíceis que requerem soluções complexas. Muito desse conhecimento que precisamos para resolvê-las adquirimos nas nossas vidas passadas e, é claro, na nossa vida presente. Tudo que aprendemos tem um objetivo: aperfeiçoar-nos.

Com a perfeição as provas aumentam, o nosso fardo vai ficando mais pesado e o jugo de Deus para conosco, da mesma forma; quem é mais culpável, um doutor da lei que comete um crime contra a sociedade ou um indouto analfabeto que o comete da mesma forma?

Por isso, não adianta querer só adquirir conhecimentos da vida espiritual se não tiver o desejo de colocá-los em prática. Todo o conhecimento deve estar no nosso cotidiano a fim de podermos dar o exemplo para os que nos cercam, assim como fez o Cristo. Senão a nossa evolução intelectual não andará ombro-a-ombro com nossa moral e precisaremos retornar a este plano a fim de recuperar o tempo perdido.

Ter a vontade da Reforma Íntima requer muito mais esforço do que ler centenas de livros sobre um determinado assunto. De nada adianta aprender algo agora e ter que voltar no futuro para colocá-lo em prática.

Muita Paz!

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Professar e Praticar

Atualmente temos centenas de religiões ao redor do mundo. Crenças das mais variadas, cada uma adaptada a uma sociedade, com seus costumes, ritos e cultos. Praticamente todos têm uma religião e esta exerce um papel importantíssimo na vida das pessoas, isso ninguém pode negar.

Todas as crenças têm o mesmo objetivo: dar ao homem, ao final de sua vida, uma certeza de que ele não vai simplesmente deixar de existir. Todas falam de alguma forma de vida extra corpórea. Uns falam da consciência desdobrada pelo espaço outros falam da vida do espírito, ou seja lá que nome seja dado, mas que sobrevive após o padecimento das funções biológicas do corpo humano.

Toda religião que tem por objetivo assegurar a vida após a morte, fala de um fim bom ou ruim, de acordo com as suas atitudes durante a sua estadia neste plano. Nada de bom é entregue de “mão beijada”; se você parar para pensar, constatará que tudo de melhor que a vida nos reserva requer, nem que seja um pouquinho só, de sofrimento. Pois através do sofrimento aprendemos a dar valor e amadurecemos material e espiritualmente. Como diz uma frase que eu li cujo autor eu desconheço: "By suffering comes wisdom."

Só que existe um pequeno problema nisso tudo. As pessoas confundem o praticar com o professar! Confessar publicamente que religião segue não é o suficiente, seria fácil demais. O que Deus quer de nós é a prática dos ensinamentos, pouco importa se você se intitula budista, umbandista, espírita, católico, evangélico, taoísta ou qualquer outra coisa. Deus não dá valor nem atenção exclusiva ao grupo social que você pertence, Deus dá valor ao conteúdo das tuas obras, da sinceridade do teu coração. Da vontade que você tem de amar a Deus sobre todas as coisas e também o próximo como a ti mesmo.

A religião é importante para muitos, mas não é a única ferramenta que um ser humano deve ter em sua bagagem. A ferramenta principal, a única que garantirá a sua existência em um lugar de felicidade após a expiração de seus sentidos materiais, é o amor.

Que todos tenhamos consciência...

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

As mudanças...

As grandes mudanças embarcam grandes conflitos. A mudança de paradigma para muitos é difícil entender, compreender e até mesmo aceitar. Grandes ícones da história da humanidade enfrentaram grandes problemas até serem aceitos pela sociedade, até que seus novos modelos de pensamento conduzissem a um fim útil.

A mudança é uma ferramenta que estará sempre presente na vida do ser humano. Desde o seu nascimento até a sua morte. A vida é totalmente feita de mudanças.

Quando nascemos, encontramos um mundo totalmente novo do que conhecemos. O mundo onde não mais nos alimentamos pelos meios simples e preguiçosos de um ventre materno. Aprendemos a fazer as necessidades fisiológicas em um lugar específico. Aprendemos falar, engatinhar, andar...

Quando tornamo-nos mais crescidinhos, aprendemos que a vida é diferente da casa que nós habitamos. Que “a vida lá fora” é feita de trabalho, estudos, vitórias e derrotas. É uma enorme mudança de paradigma, talvez a maior de todas! Damos várias cabeçadas em função delas.

Mudamos o nosso paradigma quando temos a nossa primeira paixão, nosso primeiro beijo, nosso primeiro amor. As coisas sempre mudam em função desses acontecimentos.

Quando nos tornamos adultos, constituímos famílias, novos amigos, novos costumes e novas mudanças. Temos que encarar a vida diferentemente de como encarávamos quando crianças e quando jovens. Já somos responsáveis por nossas vidas e pela vida dos que nos são extremamente caros.

Quando morremos, mais uma mudança surge. Mudamos o nosso conceito do que é a vida, do que é a morte e até do porquê de nossa existência.

Tudo na vida muda. Sendo que na maioria dos casos é mais involuntário do que voluntário. Às vezes a vida nos obriga mudar...

Por que as pessoas se espantam quando fazemos uma mudança voluntária? Quando optamos, por exemplo, em parar de beber, de fumar, mudar de profissão, mudar de religião? As mudanças fazem parte da existência, e é extremamente necessária!

Se há mudança, é porque o tempo é chegado. A mudança só aparece quando estamos preparados para abraçá-la. A mudança é uma forma de evolução (ou involução), tanto material quanto espiritual.

Quando as mudanças não são aceitas, pode ser por duas razões: A primeira é que a pessoa está conformada com aquele meio, com aquela pessoa, com aquela situação e não quer se dar o trabalho de fazer uma mudança em si mesma para se adaptar ao que é novo. A segunda é quando se sentem donas da verdade. Acham que não se deve mudar por ser seu ponto de vista "o correto". Aí sim, vem o conflito...

Neste caso, cabe uma reflexão, uma meditação e na redefinição de seus valores. Mesmo que não se concorde com a mudança, deve-se compreendê-la e aceitá-la. Cada um escolhe o que acha ser melhor para si, cada um tem plena consciência de suas mudanças, do que quer para a sua vida. E o mínimo que podemos fazer é respeitar. Se Deus não nos infringe o livre-arbítrio, por que suas criaturas deveriam?

A mudança é tão certa quanto a morte. E, acredite, você ainda vai mudar muito!

Até a próxima...

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Há várias moradas na casa do meu Pai

Independente de credo, fé ou religião, quem nunca parou para pensar se existe vida em outros planetas? Eu pelo menos, quando criança, sempre me perguntava após assistir as aulas de Ciências, quando a professora mostrava a Via Láctea com seus oito planetas: “Será que existe vida nesses planetas? Como seriam os habitantes?”. As respostas obtidas eram sempre as mesmas: “não!” ou “não sei...”.

Hoje já não sou nenhuma criança inocente com relação à imensidão do universo, tampouco um especialista no assunto. Eu cresci, e quando completei meus quinze anos concluí que tinha que existir vida nesses planetas. Não necessariamente aqueles homenzinhos verdes que eram mostrados em filmes e desenhos animados, mas algum tipo de vida que poderia ser superior ou inferior à vida da Terra.

Antes de eu conhecer a Doutrina Espírita tinha a seguinte linha de pensamento: “Se Deus criou o universo, bilhões de galáxias, trilhões de planetas, por que colocaria vida só na Terra? Faria Deus alguma coisa em vão?”. Todas as minhas respostas levavam-me a crer que existia uma espécie de vida em outros globos.

Depois que conheci a Doutrina Espírita, li sobre um assunto que fala sobre a Pluralidade dos Mundos. Lá encontrei, até hoje, a explicação mais convincente que satisfez tanto a minha razão quanto a minha fé. Hoje eu acredito e defendo a existência de vida em outras esferas sob a luz da Doutrina Espírita.

Até hoje os homens tentam buscar alguma forma de vida em outros planetas. Enviam sondas para Marte, para a Lua e nada encontram. A única imagem que reflete nos monitores de vídeo são paisagens desérticas e uma ponta de frustração. Eles devem pensar que a vida que existe na Terra é a mesma que deveria povoar outros planetas. A mesma estrutura biológica, as mesmas necessidades, estrutura organizacional, etc. Os cientistas não levam em consideração a existência do Espírito e que a vida deste é independente da matéria.

Talvez você, caro leitor, pode estar se perguntando: “Como esse louco pode ter tanta certeza disso?”. Simples, eu acredito na verdadeira vida, a espiritual! Além disso, acredito na possibilidade de comunicação com os espíritos que estão livres do invólucro material. Tantas comunicações sérias foram obtidas nos encorajando praticar a caridade a fim de obtermos a vida num mundo melhor. Inclusive no Livro dos Espíritos temos uma passagem interessante falando da comunicação de um habitante de Júpiter. Ele nos conscientiza que a evolução de Júpiter é tamanha que uma criança de, salvo engano, nove anos tem a mesma intelectualidade de um homem de trinta anos daqui da Terra. Como duvidar? “Na casa de meu Pai há várias moradas!”

Vou mais adiante e você pode até me chamar de louco! Nós mesmos podemos estar incumbidos de missões em esferas menos evoluídas que a Terra para apregoar o amor por lá. Por que o amor? Porque fora da caridade não há salvação! E para os nossos irmãos sofredores essa é a luz que eles precisam para saírem daquela condição e virem para o céu relativo às suas moradas: a Terra.

Mas como poderia isso? Ah... Essa é uma questão muito interessante. Embasados na Doutrina Espírita, temos a instrução dos Espíritos que apesar do tormento de estarmos presos nesse envoltório material, privados de exercer todas as faculdades de Espíritos que somos, Deus nos permite, durante o repouso da carne (o sono), que saiamos e retomemos a vida espiritual (emancipação da alma). Vamos ter com amigos, parentes, familiares, etc. Muitos têm missões que podem ser ir até esses planos menos elevados e evangelizar os espíritos por lá.

“Mas como pode? Eles não são menos evoluídos que nós? Certamente a questão da mediunidade pode ser mais limitada do que aqui na Terra e talvez eles não podem estabelecer comunicação com outros Espíritos!”. Bom, isso eu não sei, mas como os próprios Espíritos dizem: “Nós somos mais influenciados pelos amigos espirituais do que imaginamos”. Seja em estado de vigília, seja durante o sono. Muitas vezes podemos estar em comunicação puramente espiritual com os Espíritos dessas esferas para ajudarem-nos a seguir o bom caminho a fim de alcançarem a salvação. Assim como acontece com a gente aqui! Mas vale ressaltar que nem todos os Espíritos “encarnados” nesses orbes são espíritos imperfeitos e impuros, não! Às vezes são Espíritos com missões de evangelizarem, mostrarem o “primeiro passo” para alcançarem a salvação e irem para um mundo melhor, como também acontece aqui na Terra!

Infelizmente com a nossa Ciência Materialista, que carecem de provas tangíveis para afirmarem algo como verdadeiro, não podemos provar isso. Quem sabe com o advento da Física Quântica, que já se desenvolve há um século, não possamos passar a estudar o intangível e o invisível a fim de provar coisas que há tempos foram mantidas como insanas pelos cientistas?

Muita Paz a Todos!