domingo, 2 de março de 2008

Lei de Sociedade

Relatando mais uma das Leis Morais, falaremos agora da Lei de Sociedade. Essa Lei que não é preciso nem mesmo ter conhecimento da Doutrina Espírita para saber que ela é essencial para o desenvolvimento humano.

Os homens têm, além das necessidades básicas, a necessidade de viver em grupo. Numa sociedade onde possa casar, ter filhos, trabalhar, ter amigos, tirar e dar conselhos. Por essa razão a Consciência Cósmica (Deus) criou diversas sociedades que populam o globo terrestre. Assim, o homem pode desempenhar o seu papel para o próprio avanço e para o avanço da sociedade em que vive e conseqüentemente a sociedade prestando seu papel contribuirá para a evolução da humanidade como um todo. Para entender isso, basta lançar um olhar para o passado histórico da nossa Humanidade e poderemos ver o que isso quer dizer.

Em contrapartida existe sempre aquele que ou por ignorância ou por vontade infringe as Leis Cósmicas (Divinas). Pessoas que optam por viver no mais absoluto silêncio, retirada do convívio social, não tendo filhos, não tomando um companheiro para o casamento, etc. Isso é uma prova explícita do egoísmo entranhado na crosta do coração humano. Se não houver convívio, como poderá ser útil aos demais e exercer o amor e caridade? Se não se casar, como haverá filhos? Se não houver filhos, como se dará a expansão da Família de Jesus? Ou como daremos a oportunidade para os espíritos que necessitam passar a sua estadia aqui na Terra? A reencarnação precisa que um casa reproduza filhos. Lembrando que aquele que não faz o mal, também não faz bem e, por essa razão, não é menos culpado do que aquele que faz o mal.

Muita Paz

5 comentários:

  1. Hoje vou discordar até de mim mesmo! ;-)

    Também não gosto da idéia do eremita, mas vou me colocar em defesa deles já que só o Macarlo (uma pessoa notável dos tempos da Internet a vapor) poderia falar por eles ;-)

    Você sabe que não me sinto nada seguro em relação a leis divinas ou mesmo sobre a existência de algo mais, no entanto o pessoal que se retira da humanidade para se dedicar à meditação acredita em muito mais.

    Até onde sei nenhum deles é cristão, né? Isso é mais característico de budistas ou indús.

    Eles acreditam que a sua meditação pode causar alguma impressão nos registros acásticos ou coisa similar e que desta forma podem atingir toda a humanidade e não a meia dúzia de pessoas que atingiriam pessoalmente, as centenas que atingiriam escrevendo um livro ou as milhares na Internet.

    Pessoalmente eu prefiro que eles registrem de alguma forma material o resultado das suas meditações, mas creio que todo indivíduo tem o direito de viver (ou passar pela vida) do jeito que quiser.

    Humm.... Tá, eu queria que todo mundo optasse por mergulhar em algum tipo de arte que não fosse de consumo, pronto, confessei! ;-)

    Só não vou impor isso a ninguém! Se a pessoa quiser passar a vida como um cão que trabalha durante a semana e corre atrás do graveto nos feriados tudo bem! ;-)

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  2. O consumismo, um efeito do materialismo, é algo realmente que ainda nos prende demais à matéria.

    É como a idéia que os agnósticos têm de que Deus nos limita o pensamento (o que eu discordo). O consumismo/materialismo nos impede de alcançar uma experiência mística, isso é fato.

    Hoje no centro espírita falávamos do materialismo enquanto estudávamos o Livro dos Espíritos. Nem sempre aquele que se declara ateu é materialista, muitos têm realmente atos dignos de um cristão. Entretanto existem muitos religiosos (neo-pentecostais principalmente) que se apegam tanto à prosperidade material que esquecem de cuidar da própria alma...

    Com relação aos religiosos que se retiram em uma meditação profunda, eu não sabia qual era a real intenção deles. Pelo que eu sei até hoje, é que eles pensam em alcançar o Nirvana. Uma busca individual. Se for isso eu acredito que estão deixando de ajudar o próximo, que pode ser algo considerado como egoísta. Mas se têm consciência de que através de meditações desse tipo eles acreditam estar ajudando a humanidade.... aí é outra conversa. Não sou a melhor pessoa para criticar essas religiões.

    Um Abraço!

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  3. Ramon, tenho um ponto de vista diferente.

    Muitas congregações religiosas católicas, por exemplo, têm no âmago de sua doutrina o servir. Muitos monges beneditinos, carmelitas, franciscanos, etc, optam pela vida de clausura de modo a servir a Deus através da oração. Eles se colocam a serviço da sociedade atendendo confissões, pedidos de oração, realizando aconselhamentos e trabalhos de caridade.

    Certamente, Deus sonda o coração de todos e observa quem escolhe esta vida por egoísmo espiritual ( porque a meditação e a abstinência nos fazem ascender espiritualmente ), ou aqueles que realmente seguem o propósito que a doutrina reza.

    É isso! Uma boa semana meu amigo!

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  4. Somando ao meu comentário anterior, São João da Cruz( que é conhecido como o maior Santo Doutor Místico da Igreja Católica ) através de sua vida contemplativa nos mostra que o caminho para que cheguemos ao Tudo é não termos nada. Através de vários poemas, como por exemplo: Subida ao Monte Carmelo, Noite Escura, Chama vida de Amor, Cântico Espiritual, etc. totalmente baseados na Bíblia, ele nos mostra que abdicando do uso dos nossos sentidos para o prazer material( entenda todos os sentidos ) nós podemos entrar numa viagem para dentro de nossa alma, ao encontro do criador. Veja bem, ele foi tão puro de coração que em suas obras ele mesmo diz que devemos tomar cuidado com o Egoísmo e devemos realmente saber o significado de levar uma vida contemplativa. Ele era TOTALMENTE pobre, não tinha realmente nada. Não era a visão que se têm de uma Igreja rica. Tanto que ele reformou a ordem carmelita... Vale a pena estudar a vida deste Santo. Fica aí a dica! Abraços!

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  5. Salve Vinícius, blz?

    A escolha da vida contemplativa que me refiro é aquela onde o homem acredita alcançar um melhoramento só dele. Isso é egoísmo. Como eu disse nesse post.

    Agora, quanto à vida de privações, como você falou com propriedade, Deus sonda o mais íntimo do nosso coração, não há como enganá-lo.
    Existem aqueles que escolhem essa vida para não ficarem à mercê das paixões da matéria e terem mais liberdade para trabalhar na seara de Cristo, como os grande homens que você citou.

    Resumindo:
    - Se a idéia única é melhorar a si próprio, então aí está o egoísmo, pois não estamos praticando a lei de caridade. É como aquela frase: "Eu preciso mais amar do que ser amado"

    - Se a idéia da privação é ter mais liberdade para amar, então Deus sondará nossos corações e enxergará em nossa consciência as boas causas.

    Um Abraço!

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